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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

AMR - One More Night (Maroon 5)

Análise: Segundo single do álbum Overexposed, do Maroon 5. Lançado em Junho de 2012, alcançou #1US e #8UK.



Phil Collins? Não? Ahhhh...

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E o Maroon 5, ou melhor, o Adam Levine continua seu percurso musical com o intuito principal (eu diria até único) de agarrar o maior número de mulheres possíveis nos vídeos de sua banda. E é claro que, felizmente para os fãs e para quem gosta de música, o que é inerente, o que está nas margens disto é, em partes, plenamente proveitoso.

E cabendo no adjetivo "proveitoso", temos canções como "This Love", "She Will Be Loved", "Wake Up Call" e a recém sucedida "Moves Like Jagger" (milagrosamente, nesta última, Levine não está em cima de mulher alguma!). O Maroon 5 é uma banda de longo tempo de estrada (desde 1994, quando se chamavam Kara's Flowers) e tem um currículo interessante em sua portfólio de singles. Após quase 20 anos, o que mais eles podem oferecer?


"One More Night", segundo single do novo álbum (e homônima de um grande clássico do Phil Collins), foi escrita por Levine e adjuntos e produzida num clima que fundia seu tradicional Pop com algo puxado para o Reggae (?!). Não que o citado fato seja de surpreender, é apenas negativamente referível. Ou seja, não esperem algo como a homenagem feita ao Mick Jagger, que fugia bem ao que se esperava da banda e decepcionou vários fãs de carteirinha. E no meu caso, digo que isso acontece infelizmente.

Este single pode passar batida, tranquilamente sem fazer qualquer estardalhaço. O que interrompe a linearidade do qual a banda vinha tendo desde Songs About Jane, de 2002. A impressão que tenho é que o Maroon 5 poderia tentar dar um rumo diferente e tentar novos ares como uma maneira de tentar se reinventar e sobreviver, da mesma forma que o Queen passou a enfatizar o desejo de Freddie Mercury e John Deacon em tocar algo mais voltado para o Funk. Deu certo em partes, com a banda voltando revitalizada para seu bom e velho Hard Rock, mas mantendo as referências obtidas do estilo antes trabalhado. Maroon, faça algo do tipo "Dancing Like Jackson" ou "Playing Like Clapton" para ver se a coisa muda de figura...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

AMR - T.H.E. (The Hardest Ever) (Will.I.Am)

Análise: Primeiro single do álbum #willpower, do membro do Black Eyed Peas, Will.I.Am. Lançado em Novembro, alcançou #36US.



T.H.E.F.U.C.K.

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Primeiramente eu gostaria de saber uma coisa: por que, de uma hora para a outra, a atual geração musical passou a sentir a necessidade de pagar tributo ao Mick Jagger? Não que o vocalista dos Rolling Stones seja alguém indigno de tal homenagem, mas é de se estranhar tal ato repentino. O Maroon 5 lançou um single falando sobre o rock star, agora o líder do The Black Eyed Peas, Will.I.Am, chamou Jagger para um projeto. Dinheiro emprestado? Ou prestígio emprestado? Vai saber...

William (cara, é muito chato escrever o nome artístico dele) resolveu retomar sua carreira solo que, surpreendentemente tem quatro álbuns na bagagem (os dois primeiros devem ter sido lançados apenas em Nova Guiné e no Cazaquistão). O último, Songs About Girls, teve o divertido single "I Got It from My Mama" e uma canção ("Impatient") que serviu de sample para o sucesso de Estelle e Kanye West, a ótima "American Boy". Em resumo, o último álbum de 2007 não foi de todo o ruim. Na verdade, apenas estes foram os legítimos destaques...



Como a canção tem a participação de três cantores, vou dividir a coisa desta maneira. Começando pelo artista principal, William.

William



A coisa toda começa mal quando ouvimos aquela voz de robô com problemas de equalização. Traduzindo: a voz de William sintetizada e filtrada pelo auto-tune, como numa tentativa de fazê-lo cantar melhor. Não só ele não vai cantar melhor como o que ele faz é recitar Rap, e não cantar. Mas como se ele acabasse se tocando disso, resolve voltar para seu "canto" normal. E em resumo temos um o rap de sempre dele, redondinho e sem nenhum destaque. Possivelmente o destaque estava sendo propositalmente desviado para os convidados (e com razão). Quem já teve a coragem e paciência de ouvir os dois últimos projetos do Timbaland sabe do que estou falando...

Jennifez Lopez



Eu acredito que são poucos os motivos que sustentam a participação da chamada J-Lo aqui. Primeiro, obviamente, o apelo sensual de uma bela mulher. Não que isso seja algo difícil ou raro de se encontrar, claro. Segundo, como a Christina Aguilera já havia sido ocupada pelo Maroon 5, não ia dar muito certo encaixa-la aqui. Como J-Lo acabou saindo um pouquinho do buraco com "On The Floor", conseguindo um certo destaque. Resumindo a coisa toda, a participação dela (vocal mesmo) é bem limitada e encoberta por efeitos sonoros na canção. Ficou meio apagada...

Mick Jagger



No momento em que Jagger entra em ação, a canção muda de atmosfera, parecendo até uma influência roqueira de Mick sobre a coisa toda. Não considero Mick Jagger um grande vocalista, mas no caso ele foi o que se saiu melhor dentre os três. O poder da sua voz neste projeto ofuscou J-Lo e William. No final das contas, ele mostrou que tempo de experiência realmente conta...

A canção em si passa a maior parte do tempo num Hip-Hop comum e meio banal. Só fica um pouco melhor lá pelo final, coincidentemente na parte do Jagger. E considerando que quatro pessoas meteram a mão na produção da faixa (William sendo um deles), podemos dividir a culpa e distribuí-la bem...

O vídeo-clipe é interessante e tem uma fotografia e efeitos visuais muito bons. Além, eu enxerguei uma grande metáfora em cima do vídeo. Na ordem: atravessar barreiras (William atravessando e pulando muros e painéis), a evolução (a pé, de bicicleta, de moto...), desviando das tentações (os painéis com a J-Lo e William desviando), a ascensão (o foguete indo para o espaço) e por último, o encontro com deus (Mick Jagger) terminando aparentemente num Big Bang. É, profundo...

William foi muito mais pretensioso aqui do que nos seus projetos solos anteriores. A pretensão atualmente dominante nos projetos do BEP também passaram por aqui. Isso não é bom, nada bom. Talvez seja a hora de voltar para o Brasil, filmar alguma coisa engraçadinha com uma base mais divertida. É mais lucro!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

AMR - Moves Like Jagger (Maroon 5)

Análise: Quarto single do álbum Hands All Over, do Maroon 5. Lançado em Junho, alcançou #1US e #2UK. Com participação de Christina Aguilera.


Tô louco pra ver o "Moves Like Lennon"!

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Bem, eu sempre fui a favor da teoria de que Adam Levine criou o Maroon 5 com o objetivo de agarrar o maior número de mulheres possíveis nos vídeo-clipes. E minha teoria se sustentava ainda sob o vídeo de "Misery", mas com o atual, "Moves Like Jagger" temos o máximo Adam sem camisa. E eu pergunto: PRA QUÊ? Se Adam não tentou agarrar nenhuma mulher, nem a Christina Aguilera, pelo menos manteve a referência. Como assim? Ele homenageou um dos roqueiros mais pegadores de mulher que já surgiu na face da Terra. Sir Mick Jagger.

O Maroon 5 elevou seu estilo musical a um novo nível. Seu Pop Rock sempre teve pegadas de Funk com sua ótima guitarra rítmica, mas aqui temos algo mais puxado pra um Dance descomprometido. Uma versatilidade interessante para uns, uma degradação para outros. Será que o Maroon 5 seria capaz de ir bastante fundo no comercial e conseguir manter sua, digamos, seriedade e qualidade musical? Pergunta complicada...


"Moves Like Jagger" tem como característica mais marcante uma melodia que não vai te fazer parar de assoviá-la. Afinal, a coisa toda tá em cima, de fato, de um assovio. Não que isso seja ruim, mas parece-me que vai virar tendência musical - já ouviu a última do Bruno Mars? O Dance do Maroon 5 é bem agradável, dá pra dançar tranquilo. Analisando musicalmente também tem seu valor, com um refrão bem legal. Os antigos fãs talvez não gostem muito (eu mesmo não havia associado a canção ao Maroon 5 até pesquisar). Tenho certeza de que Mick Jagger gostou muito, chamando a homenagem de lisonjeira.

Achei muito estranho Levine não agarrar com convicção e vontade a Aguilera, já que é de seu feitio. E ter Aguilera igualmente contida quando ela resolveu voltar para a fase dominatrix/vagaba também não convence muito. Mas isso não ofusca sua voz que, tirando alguns detalhes constrangedores como "Not Myself Tonight"


Bem, ela não tem a pega mais comedida que "Misery", mas é bem interessante em sua peculiaridade. O ecleticismo da banda é bem explorado e eles se mantém consolidados. O único problema é a mania de Levine de se servir para a mídia como um pedaço de carne. Me lembra muito o Dinho Ouro Preto, que já nem tem mais idade para isso.

Só nos resta esperar o que mais Maroon 5 e outras bandas nos guardam.