O Polka que Yankovic fez no álbum Alapalooza (1993) foi diferente dos outros. Até mesmo do Polka feito com as canções dos Rolling Stones. Weird Al transformou a clássica "Bohemian Rhapsody" do Queen em um Polka!
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terça-feira, 23 de julho de 2013
Quick - Polka Medley! 6
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sábado, 26 de novembro de 2011
Especial - 20 anos sem Freddie Mercury
24 de Novembro de 1991. Esta data marca a retirada de mais um tijolo do muro da sólida música internacional. Após vários terem sido retirados, como Elvis Presley e John Lennon, temos a sensação de que a força musical que teve seu ápice durante tantos anos, está enfraquecendo cada vez mais. E a perda de Freddie Mercury é mais uma destas sensações amargas que sentimos mesmo após anos passados. A falta que Mercury faz para o Rock é a mesma que Michael Jackson faz para o Pop. São peças insubstituíveis no mundo da música que enfraquecem o colosso erguido nas épocas douradas da música e que ainda sobrevivem, ainda que superficialmente, através de artistas como Stevie Wonder, Bruce Springsteen e vários outros.
Nascido em Zanzibar, África Oriental, o jovem Farrokh Bulsara (nascido em 5 de Setembro de 1946) tinha um sonho reprimido em seu mundo secreto. Junto com várias aspirações e segredos que estavam guardados dentro de si, o sonho de ser uma estrela, de ser amado e idolatrado escondia-se atrás de uma figura chamada Freddie Mercury. Com o tempo, a criatura tomaria conta deo criador irremediavelmente.
Farrokh sempre foi alimentado com cultura ocidental, o que foi definitivo para moldar sua figura e seu coração musical. Lia as tragédias de Shakespeare e ouvi com entusiamo o Rock de Elvis Presley e Little Richard e admirava o Blues norte-americano, sendo inspirado por cantoras como Billie Holiday, Dinah Washington e Sarah Vaughan. Quando Farrokh foi enviado para estudar longe dos pais, recebeu o apelido de Frederick, que depois foi abreviado para Freddie. Neste período, ele estudou, além das disciplinas tradicionais, música e interpretação, com grande ênfase em ambos. Com 12 anos de idade, participou de sua primeira banda, o The Hectics, com influências de Cliff Richard e Little Richard.
Acredito que esta foto seja a do The Hectics (com Freddie no meio)
A família Bulsara acabou por deixar Zanzibar em 1964 por motivos políticos e foram para Londres. A confortável vida que tinham devido ao trabalho de Bomi Bulsara, pai de Freddie, para o governo britânico proporcionava uma vida mais luxuosa, com babas e motoristas. Mas em Londres a realidade foi outra. Bomi e Jer, mãe de Freddie, tiveram grandes dificuldades de adaptação, mas para Freddie aquilo tudo soava espetacular. Era a vida que queria e que em Zanzibar não teria nunca. E depois de se formar em Arte e Design Gráfico, ele se sentiu livre para tentar investir e viver de sua arte.
Participou de uma banda chamada Ibex (que, mais adiante, mudou seu nome para Wreckage), enquanto a banda Smile (que tinha como membros Brian May, Roger Taylor e Tim Staffell) fazia moderado sucesso. No Wreckage, Bulsara mostrava seus instintos no palco que impressionavam a todos. Foi neste período que, durante uma nervosa apresentação, Bulsara arrancou a haste do microfone do pedestal sem querer, e ele acabou por improvisar em cima disto. Este erro acabou consolidando um dos atos mais famosos dele no palco. Outra banda que participou, o Sour Milk Sea, serviu também como mais um degrau em sua jornada pelo sucesso. Como ele precisava de um grupo que tivesse a mesma pretensão que ele (e não viu isso nestes grupos), acabou os deixando de lado para procurar algo mais condescende com seus ideais.
Não muito tempo depois, Staffell deixa o Smile e Freddie acaba sendo membro da banda, que mudou seu nome para Queen, por sugestão do próprio. Após passarem três baixistas, um deles inclusive tentando tomar o lugar de Freddie no cargo de performer, John Deacon acabou assumindo a vaga e consolidando um dos maiores grupos da história do Rock.
O Sour Milk Sea, com Freddie do lado esquerdo da foto, em 1970
Desde então, o grupo começou a trabalhar suas canções e sua presença de palco. Durante a composição da canção "My Fairy King", do primeiro álbum, Freddie terminou de definir sua persona pública, se auto-intitulando Freddie Mercury (a canção contém a linha "Mother Mercury/Look what you're done to me/I cannot run I cannot hide"). Estava moldado ali um novo homem. Farrokh Bulsara dava lugar agora ao icônico Freddie Mercury.
Um dos grandes atos do Queen foi abrir shows para a banda Mott the Hoople em 1974, e acabaram roubando a cena, sendo mais populares que a atração principal. Conforme a banda ia se desenvolvendo e adquirindo seu espaço, eram proporcionalmente explorados pelo empresário Norman Sheffield, que lhes pagavam honorários medíocres mesmo com o progresso incrível da banda. Através do advogado Jim Beach, o Queen conseguiu um acordo para se livrar de Sheffield e assim continuar. Foi então no álbum A Night at The Opera (álbum da clássica "Bohemian Rhapsody") que Freddie escreveu uma "homenagem" para o ex-empresário, "Death on Two Legs (Dedicated to...)", onde o Queen libera toda sua ira e cólera contra o explorador Norman.
O Queen nasce e conquista pouco a pouco seu território
Os anos 70 mostraram-se muito produtivos para a banda, diversos clássicos do Rock foram forjados pela banda e dominaram os ouvidos do mundo. "Killer Queen" e "Now I'm Here" do álbum Sheer Heart Attack. As duas foram os cartões de entrada da banda para o mainstream.
As quatros grandes canções do A Night at The Opera escritas por cada membro da banda ("Bohemian Rhapsody" por Freddie, "I'm in Love With My Car" por Roger, "'39" por Brian e "You're My Best Friend" por John - que teve que aprender a tocar seu piano elétrico, já que Freddie se recusou a tocá-lo por considerar o instrumento horroroso).
"Bohemian Rhapsody", o Magnum Opus da banda fez um sucesso incrível, apesar de inicialmente ter sido esnobada pela crítica. Cada membro da banda cantou as canções citadas, com exceção de John Deacon, que não considerava sua voz boa o bastante para competir com seus companheiros.
A solitária canção de Freddie, "Somebody to Love" do álbum A Day at The Races mostra um lado forte de Mercury, o lado em que procura alguém para amar e ser amado enquanto vive as batalhas da vida. Durante toda a vida, Freddie procurou este alguém e escreveu sobre (um exemplo que trata desta solidão é "Living On My Own" (que teve o vídeo-clipe gravado durante uma festa de comemoração de seus 39 anos em Montreal) do seu primeiro álbum solo, Mr Bad Guy.
Os imortais hinos "We Will Rock You" e "We Are The Champions", de Brian e Freddie, respectivamente. Freddie escreveu "Champions" pensando em um hino de vitória, especificamente no futebol. E a pretensão de Freddie foi além, sendo esta uma das canções mais lembradas e cultuadas da banda. E no último álbum dos anos 70, Jazz, saíram as pérolas "Fat Bottomed Girls", "Bicycle Race" (com seu vídeo-clipe que mostra mulheres nuas andando de bicicleta) e "Don't Stop Me Now", animada e frenética canção de Freddie do qual Brian May admitiu não gostar muito (sua participação na canção foi apenas um solo de guitarra).
Uma nova era para o Queen
Os anos 80 foram uma época de tremendas reviravoltas. A começar pelo visual de Freddie, que adotou um imagem mais masculina, com cabelos curtos, bigode e roupas de couro. Com dois projetos no começo da década, a trilha-sonora do filme Flash Gordon e o álbum The Game. Com este álbum, tivemos clássicos como "Play The Game", mas uma canção sobre encontros e desencontros amorosos, a meio Rockabilly "Crazy Little Thing Called Love" (composta por Freddie enquanto estava numa banheira!), a linda "Save Me" e a possivelmente mais famosa canção da banda, "Another One Bites the Dust", de John Deacon. Foi esta canção e a mudança geral no cenário musical que fizeram Freddie e John insistir num som mais voltado para o Funk. Brian e Roger não acreditaram muito no futuro com isso, mas resolveram tentar. Foi nesta tentativa que Hot Spaces foi concebido. O álbum foi meio que um choque musical, pois não tinha exatamente o que o público estava acostumado. Canções como "Back Chat" e "Cool Cat" são memoráveis, mas o que salvou o álbum foi a colaboração com David Bowie na faixa "Under Pressure", que nasceu de uma jam entre o cantor e a banda - David também participou da faixa "Cool Cat", mas pediu para ser retirado do projeto, por não ter achado satisfatório.
Renovação e as velhas raízes
No álbum The Works, de 1984, o Queen voltou com seu velho Rock e ainda mantendo o recém experimentado Funk em seu som. Um grande exemplo disso é "Radio Gaga" de Roger Taylor. "It's a Hard Life" é uma bela canção de Mercury ao piano e "I Want to Break Free" de Deacon se tornou um dos maiores sucessos da banda. Freddie, que nesta época estava amorosamente envolvido com Barbara Valentin, ainda estava em sua busca do grande amor, e parecia não ter encontrado isto em Barbara. Apesar de sua carreira estar no topo, o amor ainda não tinha o encontrado. No ano seguinte, sai o álbum Mr Bad Guy, com o trabalho solo de Freddie. Não foi um grande sucesso, mas mostrou o que Freddie queria expressar fora da bolha musical do Queen. "I Was Born to Love You", "Made in Heaven" e "Living on My Own" são bons exemplos da capacidade musical de Freddie como artista solo - e também demostram a carência afetiva do astro.
Dois grandes momentos para a banda foram sua participação no Live Aid e as duas noites no Rock in Rio. No Rock in Rio, o Queen foi considerado a maior atração do festival que contava com a participação de Iron Maiden, Whitesnake, AC/DC, Scorpions, Rod Stewart e Yes. Foi declarado por eles que a versão tocada no festival de "Love of My Life", com o acompanhamento da platéia, foi a mais bela já feita por eles.
No Live Aid, mostra a banda simplesmente dominando o espetáculo e se destacando com a melhor apresentação, frente a artistas como Elton John, Dire Straits, U2, David Bowie e The Who, com audiência de quase 2 bilhões de pessoas na TV. Foi um momento glorioso para a banda - que havia sido muito criticada por, recentemente, ter quebrado um boicote cultural à África do Sul. Elton John, grande amigo íntimo de Freddie, acusou o Queen de ter roubado a cena. Mas ainda tinha mais por vir...
A grande revelação - cinco anos
O lançamento de A Kind of Magic marcou outro grande momento para a banda. Canções de peso como "One Vision" e "A Kind of Magic" e as belas "Who Wants to Live Forever" e "Friends Will Be Friends" mostraram que o Queen ainda tinha muita lenha para queimar, muito a produzir. A turnê do álbum foi a mais grandiosa já feita pela banda (e até então, por qualquer banda). No ano seguinte, Freddie daria mais vazão a sua carreira solo, com o lançamento do single "The Great Pretender" (regravação do clássico do The Platters). Freddie se identificava com o rótulo de fingir o que não é assim como o personagem da canção. O ano foi marcado também pelo início do projeto com a cantora de Ópera Montserrat Caballé, o álbum Barcelona. Nesta época, Freddie acabou raspando seu bigode, uma de suas marcas registradas.
Foi neste ano de 1987 que Freddie acabou sendo diagnosticado com o vírus da AIDS. Um momento pesado para um gigante. Com todo o apoio de Jim Hutton, Freddie foi em frente e concluiu com êxito Barcelona. Depois disso, era a vez de mais um trabalho com o Queen. O álbum The Miracle foi feito com força, trazendo assuntos como a mídia que não largava o osso com a relação à banda, como "Scandal". Canções como "The Miracle", "Breakthru" e "The Invisible Man" mostravam que a banda ainda conseguia manter bem unidos e em grande qualidade o Rock e Funk. Freddie começava a sentir os males de sua doença e a banda já não saia mais para turnês, preferindo fazer vídeo-clipes em seu lugar. Após o trabalho com Caballé e o álbum do Queen, tudo o que Freddie queria era mergulhar mais ainda no trabalho, o trabalho que salvou sua vida do vazio. Então vieram os preparativos para os últimos momentos...
O show tem que continuar...
Innuendo. Este foi o último álbum lançado pela banda com Freddie ainda vivo. A força deste álbum é impressionate. Freddie canta com poder total, como se estivesse 100% saudável. Durante as gravações da canção "The Show Must Go On" (na minha opinião a mais poderosa atuação vocal de Freddie), Brian duvidou que Freddie conseguisse gravar os vocais. Freddie foi em frente, tomou uma generosa dose de vodka e disse: 'I'll fuckin do it, darling!'. O resultado foi impressionante. A canção foi gravada em apenas um take.
"I'm Going Slightly Mad" tratava de maneira sombria a doença de Freddie e seu estado mental. O vídeo-clipe filmado em preto e branco e com muita maquiagem, tentava esconder a fragilidade da qual Mercury se encontrava. "Headlong" era, originalmente, parte do álbum solo de Brian, chamado Back to the Light. Mas ao ouvir Freddie cantar, acabou por colocá-la no álbum do Queen. "Innuendo" foi o último single a alcançar um #1UK e pode ser considerado uma "Bohemian Rhapsody" 2 em termos de complexidade e estrutura. É a canção mais longa já lançada como single pela banda.
Digamos que "These Are the Days of Our Lives" foi uma espécie de despedida dos fãs e do mundo. No vídeo-clipe (também filmado em preto e branco), Freddie aparece bem magro e debilitado. Mas mesmo assim continua com sua teatralidade. Com Roger e John ao seu lado (May estava em uma viagem a gravou sua parte posteriormente), Freddie cantava e, ao final do vídeo, se despedia com um 'eu ainda amo vocês'.
Após o álbum, Freddie tentou gravar o máximo de vocais possíveis para que o restante da banda terminassem as canções. Os resultados saíram no álbum Made in Heaven. Foram feitas duas regravações da carreira solo de Freddie ("I Was Born to Love You" e "Made in Heaven"). Mas com certeza a canção mais marcante é "Mother Love", a última canção que Freddie gravou. A canção fala sobre o amor materno e tem linhas como 'mamãe, por favor, deixe-me voltar para dentro', referindo-se ao útero - lugar onde ele estaria protegido do mundo. As últimas linhas da canção foram gravadas por Brian porque Freddie já estava muito doente, sofrendo de bronco-pneumonia que acabou o matando.
24 de Novembro de 1991. O homem, a lenda foi descansar em paz, uma paz que ele nunca encontrou em qualquer canto do planeta Terra. Jim Hutton falaceu em 2010 e Mary continua morando na casa que Freddie lhe deixou de herança. Em 1992, os membros do Queen se juntaram a outros artistas e fizeram um show de homenagem. Gente como David Bowie, George Michael, Elton John e Robert Plant homenagearam a grande estrela.
Uma das maiores do seu tempo e de todos. Que descanse em paz...
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
AMR - Raise Your Glass (P!nk)
Análise: Single tirado da coletânea Greatest Hits... So Far!!!, da P!nk. Lançado agora em Outubro, alcançou #1US e #1UK.
Cheio da cachaça, de preferência!
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E a P!nk conseguiu mais uma vez. A cantora alcançou o primeiro lugar nas paradas com seu novo single, "Raise Your Glass", que foi retirado de sua nova coletânea, chamada Greatest Hits... So Far!!!. E com isso tirou Rihanna com sua "Only Girl (In The World)" do topo. Ela deve ser a cantora com raízes Punk e Rock mais popular dos últimos anos - Joan Jett era legal, mas não conseguia tal aprovação (claro que temos que considerar os públicos das épocas, mas enfim).
E o novo single "Raise Your Glass" foi escrito para as pessoas que acabam não fazendo parte daquele grupinho popular, os excluídos. Aliás, Alecia Moore (o nome da P!nk, pô!) provavelmente já cansou de se sentir assim na vida - mas com certeza não deve ter se deixado levar, assim como qualquer livro de auto-ajuda por aí deve aconselhar. Mas voltando para a música... este single conta, mais uma vez, com vocais muito bem executados da P!nk. Ela é, sem dúvida, uma das melhores vocalistas da atualidade, juntamente com Beyoncé (e em breve poderemos citar a Rihanna, se as coisas continuarem como estão indo). Um de seus diferenciais é que seus vocais se encaixam muito bem tanto com o R&B quanto com o Rock (Punk). Afinal, não é qualquer cantora por aí que consegue fazer uma cover consistente e bacana de "Bohemian Rhapsody", do Queen sem ser vaiada ou ser morta.
Porém, a canção acaba não sendo tão atrativa quanto poderia ser, em minha opinião. Torna-se um Pop mais comum, diferente de canções como a divertida "Stupid Girls", "U + Ur Hand" ou "Funhouse". De uma certa maneira, dá pra sentir a produção musical mais contida, como se toda a energia para algo mais tivesse sido gasta no álbum anterior - ou talvez pra economizar para o futuro, vai saber. O fato curioso é que o refrão da canção se assemelha um pouco com o da canção "Teenage Dream" da Katy Perry (Perry tirou P!nk do topo com seu single "Firework", aliás).
A P!nk continua sendo diferente e atrativa. Em seus mais de 10 anos de estrada, ela conseguiu produzir canções autorais e divertidas. "Raise Your Glass" não chegou muito perto disso, mas ainda temos que esperar o que virá do seu próximo álbum. Claro, isso depois que ela terminar de curtir sua filha que está por vir...
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quarta-feira, 17 de março de 2010
AMR - Pérolas do "Pop" 3: Bohemian Rhapsody
Com certeza esta é uma das mais famosas canções da história, de uma das mais famosas bandas da história. Conseguindo ser complexa, conceitual e ao mesmo tempo pop. Um tipo de música que sobreviveu ao tempo e continua sendo fascinante, mesmo após os vários anos passados da morte do vocalista e compositor, Freddie Mercury.
Terceiro single mais vendido da história da Inglaterra, alcançou o topo das paradas por lá duas vezes, além de ser uma das maiores canções da história do rock
Canção produzida nos anos 70 por uma banda que foi mostrando sua força e criatividade com o passar do tempo e escrita por um dos maiores artistas do mundo. Fora o vídeo-clipe que é também um dos mais famosos da história. "Bohemian Rhapsody" de Freddie Mercury e o Queen.
Terceiro single mais vendido da história da Inglaterra, alcançou o topo das paradas por lá duas vezes, além de ser uma das maiores canções da história do rock
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Sobre a banda: O Queen foi formado em 1970 pelos membros Freddie Mercury (nascido Farrokh Bulsara, vocais, piano, teclado, violão, guitarra), Brian May (vocais, guitarra, violão, teclado), John Deacon (vocais, baixo, teclado) e Roger Taylor (vocais, bateria, guitarra). Apesar de banda ter tido muito de Glam Rock graças a maneira de Freddie atuar e se vestir em palco, a música do Queen é originalmente enraizada no que poderíamos chamar de Rock Clássico - ou um Hard Rock mesmo. Com o passar do tempo, a sonoridade da banda se tornou eclética, fundindo-se com o Funk. Com 14 álbuns de material original e 48 singles, venderam mais de 300 milhões de cópias de seus discos, sendo parte importante da história do rock e da música.
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Escrita por Mercury, "Bohemian Rhapsody" ou, como os membros da banda chamavam o projeto durante o desenvolvimento, "Freddie's Thing" seria um mix de estilos, que vai desde o estilo Acapella, passando pela balada simples de piano, Opera e por fim o Rock. Pelo apelido da canção, dá pra ver que os membros da banda estavam curiosos a respeito do que Freddie queria com algo tão complexo, afinal.
Como lado B do single, a canção escolhida foi "I'm in Love with My Car", escrita pelo baterista Roger Taylor. Aparentemente Taylor praticamente obrigou Freddie a colocar a canção como lado B do single por gostar muito dela - o que acabou causando algumas tensões no grupo. A maneira que ele usou para convencer Mercury foi um tanto diferente: se trancou em um armário e só saiu de lá quando o vocalista concordou com o pedido.
Freddie uniu o potencial vocal da banda - todos os membros da banda cantam, especialmente o baterista Roger Taylor, que possui um belo agudo e um alcance ótimo de notas - e as habilidades instrumentais de cada um, principalmente a sua própria no piano - habilidades em parte adquiridas nos anos em que Mercury estudou música na adolescência e que aliás, Freddie desdenhava um pouco, como comentou certa vez Brian May. A complexidade da peça composta no piano é impressionante. Chega perto de muita ópera composta para piano de grandes artistas do estilo. Além dos vocais trabalhados da banda, a guitarra potente e certeira de Brian May ajuda a dar o tom Rock que dá a assinatura da banda. A letra, um tanto confusa e dramática, foi uma maneira inteligente e genial de Mercury botar para fora todos os seus demônios em uma letra supostamente auto-biográfica.
A complexidade estrutural desta canção impedia a banda de realiza-la em sua plenitude em seus shows. A introdução Acapella era cortada, tendo em seu lugar a introdução da canção "Mustapha", do álbum Jazz (1978) para aí ser iniciada apartir da parte "Mama, just killed a man..." ou simplesmente sem esta introdução. Já no momento em que inicia a parte Opera (que representaria uma viagem ou inferno acertando contas diretamente com o "coisa ruim" ou simplesmente o intenso conflito interno), a parte correspondente do vídeo-clipe era rodada até a parte Rock chegar, onde a banda finalizava a canção.
O Queen talvez tenha feito algo próximo de "Bohemian Rhapsody" com "Innuendo", canção do último álbum (homônimo) lançado pela banda enquanto Mercury ainda estava vivo - porém já muito doente. Mudanças drásticas de tempo e mistura de estilos com letras profundas. Talvez no caso deste último álbum, a parte lírica esteja diretamente ligada ao turbilhão de pensamentos que Freddie tinha na cabeça devido a sua doença, a AIDS. O psicológico dele estava em um turbilhão só, ruindo.
A maneira de expressar a criatividade e toda a dedicação da banda pelo projeto o tornou único, sendo considerado o seu magnum opus. Chegou ao topo das paradas na Inglaterra em 1975 (época do lançamento) e em 1992 (lançada juntamente com a canção "These Are The Days Of Our Lives" do novo álbum, devido ao falecimento de Freddie e também pelo fato da canção estar na trilha sonora do filme Wayne's World, com Mike Myers).
O vídeo-clipe pode soar nada usual hoje em dia - obviamente pelas partes em "estúdio" e as vestimentas a la Glam Rock de Freddie - mas na época foi uma espécie de porta aberta entre a união de imagem e o som com o mesmo fim. Apartir daí, esta inovação foi um pouco mais tarde solidificada por Michael Jackson em 1979 (com o vídeo "Don't Stop 'Till You Get Enough").
A popularidade da banda que já era grande com suas canções - até aquele momento, músicas como "Killer Queen" e "Now I'm Here", para citar apenas duas - e com seus shows envolventes e agitados, explodia e multiplicava os caminhos de uma das bandas mais criativas da história.
E claro, a influência que Freddie tem até hoje na música é enorme - Katy Perry é fã confessa de Freddie e Stefani Germanotta, também fã, tirou seu nome artístico (Lady Gaga) da famosa canção "Radio Gaga". Ambas tem grande inspiração em Mercury, tanto em sua maneira de atuar em palco quanto em sua música.
O clássico vídeo da canção:
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