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quarta-feira, 5 de junho de 2013

AMR - 2000's Jukebox 12

Artista: Ingrid Michaelson (08/12/1979)
País de Origem: Estados Unidos da América
Hits: "The Way I Am", "Be OK"
Hit da Jukebox: "Be OK" (2008, #91US - #174UK)



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A menina (não tão menina assim em seus 33 anos) Ingrid Michaelson não é lá muito conhecida. Chuto que não é praticamente conhecida. Ela pertence a um círculo underground que não tem lá muita difusão por aí: o Indie Pop. Se você entende um pouco de música, deve conseguir imaginar o que é misturar estes dois. Talvez o The Ting Tings seja um bom expoente do estilo, por fazerem bem e por serem mais populares.

Michaelson não é muito popular mesmo, tendo em "Be Ok" seu single mais reconhecido - e também o mais legal. Uma melodia simples, fácil e contagiante. O contagiante é algo que, dependendo do caso, é irritante, mas aqui é bem bacana. Dá até uma certa curiosidade para se aprofundar no mundo do Indie Pop. Curiosidade: no período de 7 anos, ela lançou 5 álbuns!


Ingrid Michaelson também já trabalhou com outro nome relacionado ao estilo e que tem angariado mais atenção por aí: Sara Bareilles, da ótima "Love Song" (2007). O mulherada do Pop anda mandando muito bem, embora sendo do underground...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quick - Toe Jam

Não, ToeJam neste caso não é o personagem dos jogos de Mega Drive.

O vermelhinho!

Trata-se de uma música criada pelo BPA - projeto criado por Norman Cook, o famoso Fatboy Slim. Aqui, ele conta com a colaboração de David Byrne (do sempre inusitado, inventivo e infelizmente extinto Talking Heads) e o rapper Dizzee "Enrascada" Rascal. Porém, o que mais chamou a atenção no geral foi o vídeo-clipe da canção. Não aparecem nem Fatboy Slim, nem David Byrne e menos ainda Rascal. Criatividade sem limites!


Melhor que gente dançando em fundos brancos, claro! Fora que a música é bem legal...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

AMR - Coincidências 5

Assim como ocorreu com o Coincidências 4, o artigo desta edição não será tão profundo e elucidativo por simplesmente não haver a possibilidade pra tanto. Ou seja, eu quero dizer que, mais uma vez, estou utilizando uma canção do chamado Sertanejo Universitário como parte do contexto. Em resumo, de uma maneira ou outra isso denota uma possível falta de criatividade do lado em questão. Sem mais delongas, vamos ao que interessa...

Uma música romântica na nova categoria musical favorita do país. A dupla Victor & Leo tem conseguido muito destaque na cena Sertaneja, juntamente com outras duplas como Fernando & Sorocaba e César Menotti & Fabiano. Apesar de a carreira deles vir desde o longínquo ano de 1992, a explosão veio mesmo com o single "Borboletas", em 2008. Esta canção teve papel fundamental na sedimentação do estilo pelo Brasil - pessoalmente eu desejo que isso seja parecido com a febre Disco Music dos anos 70, que acabou um dia, ao menos.


O repertório da dupla inclui canções como "Fada", a tresloucada "Vida Boa", "Borboletas", "Você Sabia", "Nada Normal" e várias outras - pelo menos eles têm canções o suficiente para preencher um show sem precisar apelar totalmente para cover. Existe uma canção na discografia deles que não foi parar no mainstream como todas as outras citadas, mas que ainda sim é muito tocada nas rádios: "Lembranças de Amor". A canção é de 2006 e foi escrita pelo Victor.


A controversa e polêmica figura do Pop mundial Madonna dispensa qualquer tipo de apresentação. Se você não a conhece provavelmente vive em alguma caverna ou no fundo do oceano junto com criaturas ainda não catalogadas. Dentre os vários singles de sucesso mundial lançados por ela existe um que merece um destaque: "Take a Bow", que foi lançada 1994 e se tornou um dos maiores sucessos de sua carreira.


Ouça "Lembranças de Amor" (felizmente para que não haja uma tortura ao seus ouvidos, neste caso apenas a introdução deve ser ouvida) e depois "Take a Bow". Não é preciso nenhum tipo de esforço "audiofônico" da sua parte para conseguir captar:


Take a Bow? Nada... vai na vaia mesmo, é o caso!!

O toque é simplesmente idêntico. E mesmo a canção sendo de 1994 e a dupla ter começado em 1992 vale lembrar que a "Lembranças de Amor" data 2008. Ou seja, Madonna pode ser acusada de várias coisas, mas aqui ela não tem culpa. O máximo é dizer que ela foi culpada por inspirar os caras ou coisa do tipo. Aff...

Coincidência?

Plágio sem dúvida que isso aí é. Tá na cara (e no ouvido), só não percebe que não quer. Porém pode até se encaixar no mesmo caso que César Menotti & Fabiano: plágio não-intencional. Se bem que neste caso aqui a coisa é mais delicada, não dá pra dizer ao certo. Pelo menos escolheram a melhor canção da Madonna pra copiar algo...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

AMR - 80's Jukebox 8

Artista: Paul Davis (1948 - 2008)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Soft Rock, Country
Hits: "I Go Crazy", "Cool Night", "'65 Love Affair"
Hit da Jukebox: "Cool Night" (1981, #11US)


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A canção "Cool Night", do cantor de Soft Rock e Country Paul Davis é, com certeza, uma das minhas canções favoritas no estilo Soft. Davis que era também razoavelmente conhecido na área do Country, conseguia produzir canções lindas como "I Go Crazy". A profundidade das letras destas canções poderiam nos levar a crer que Davis era um homem ou muito solitário ou totalmente pleno no amor. Duas coisas tão inversas que podem trazer um mesmo resultado.

A canção realmente nos remete ao que seria uma noite agradável. Dá pra imaginar aquelas noites com uma cidade com vários prédios, cheia de luzes - pessoalmente uma das minhas visões favoritas. Não tenho certeza se era essa a intenção de Paul - levando em conta que ele era mais Country, devia estar mais habituado com ambientes mais rurais. Mas de qualquer maneira, percebe-se que Davis conseguiu criar algo de interpretação universal - cada um consegue ter uma própria e agradável visão do projeto.


Na letra, o homem fala sobre o amor e tenta convencer a amada a passar a noite com ele, prometendo que se ela não gostar, ela pode ir. A letra é um tanto triste, considerando partes como "Brings back memories/Of a good life/When this love was not so old", onde dá pra reparar que já houveram tempos melhores na vida deles. Um passado onde o amor supostamente deveria durar para sempre e nenhum plano precisava ser feito, apenas o amor vivido. Esta noite fria, "noite legal" seria uma última tentativa de reviver, reanimar este antigo amor.


Paul Davis acabou falecendo em 2008, apenas um dia após seu aniversário de 60 anos. O álbum Cool Night (#52US, seu melhor resultado nas paradas) acabou sendo seu último trabalho em estúdio. Após isso, Davis teve dois singles lançados em parceria com artistas Country ("You're Still New to Me" com Marie Osmond em 1986 e "I Won't Take Less Than Your Love" com Tanya Tucker e Paul Overstreet em 1987 - em ambos os casos, primeiro lugar nas paradas Country!). Ainda foram lançados um disco The Best e um disco Greatest Hits.

domingo, 23 de maio de 2010

AMR - Coincidências 3

The Jonas Brothers é mais uma banda parida pela Disney. Ou seja, um produto criado pensando no seu público alvo: crianças e pré-adolescentes atrasados no quesito critério. Assim como High School Musical, Demi Lovato, Selena Gomez, Miley Cyrus e outros. Eles já têm uns 5 anos de carreira e alguns hits menores.


Talvez o mais bem sucedido deles seja "When You Look Me In The Eyes", lançada originalmente em Novembro de 2004 no álbum solo de Nicholas Jonas (esse cara tinha carreira antes de se juntar aos irmãos!!). Em 2008 foi lançada a versão com os irmãos, que ficou famosa.


A banda Lonestar (uma das bandas de maior sucesso no estilo Country) tem 9 canções #1 nas paradas Country e um #1 nas paradas da Billboard (Amazed, #1 - 1999) - inclusive foi o primeiro single Country a chegar lá desde "Islands In The Stream" com Kenny Rogers e Dolly Parton, em 1983. Com seus quase 20 anos de estradas e diversas formações, ainda se mantém como um dos grupos mais populares em seu país.


No ano de 2001, eles lançam um de seus maiores sucessos: "I'm Already There". Sendo seu 7º primeiro lugar nas paradas Country dos Estados Unidos, ficando no topo por mais de um mês. É uma canção de forte cunho emocional e que já foi interpretada até pelo grupo Pop irlandês Westlife (descobertos por Simon Cowell).


"When you look me in the eye, you see shame..."

Provavelmente temos aqui um plágio não-intencional. As canções são bastante diferentes entre si (particularmente, a do Lonestar é bem superior), porém partilham de um refrão muito semelhante. Vemos aqui pelo menos uns 85% de igualdade na melodia.

A letra de "I'm Already There" foi escrita pelo vocalista Richie McDonald (que saiu da banda em 2008) com o duo country Baker & Myers. Já a letra de "When You Look Me in The Eyes" foi escrita pelos irmãos Jonas juntamente com outros compositores.

O Lonestar só tem mesmo sua grande fama em seu país. Geralmente é conhecida pelas rádios que tocam canções "easy" (como é o caso de "I'm Already There"). O Country não é realmente muito admirado fora das terras do Tio Sam - aqui o negócio agora é Sertanejo Universitário (?).

Já os Jonas Brothers são aquilo: uma coisinhas engraçadinha que foi colada no muro e infelizmente vai demorar pra sair de lá. Espero que fiquem cada vez mais discretos.

Coincidência?

Bem, nem um nem outro. Os Jonas e o Lonestar apenas estão lá, e um não influencia no outro. Acho que é isso...

segunda-feira, 1 de março de 2010

AMR - Relator (Scarlett Johansson & Pete Yorn)

Análise: Primeiro single da colaboração musical entre Scarlett Johansson e Pete Yorn, o álbum Break Up. Lançado digitalmente em Maio de 2009.


Scarlett nesta foto conseguiu representar em seu rosto a apatia de sua voz...

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Scarlett Johansson é uma atriz. Tipo, eu sinceramente mal tive tempo pra comprovar se isso é mesmo real e a moça, em 2008, teve a coragem de lançar um álbum cover com músicas do músico e ator Tom Waits (com um mínimo de material original). Bem, você já conseguiu imaginar o Dado Dolabella interpretando (o que já é bizarro o suficiente por si só) "clássicos" de Chico Cesar ou João Gilberto? É, seria mais ou menos isso o equivalente brasileiro do que Johansson fez.


Não satisfeita, agora a atriz (atriz, ATRIZ!!) segue tentando fazer o que de fato não lhe convém. Definitivamente não lhe convém. Ou seja, cantar! Em Break Up, e mais necessariamente no single "Relator", ela se junta ao músico Pete Yorn - não muito conhecido, aliás - para fazer música indie, como se ela já não tivesse feito isso o bastante no álbum anterior. Quer dizer, ela fez algo tão indie, tão underground, que é de se discutir se era mesmo música...

Enfim, o single tem tudo o que é preciso para se tocar em rádios alternativas ou qualquer coisa do gênero. Ou seja, não é ruim. Não mesmo. Mas se você for parar pra analisar, parece chiclete usado. Ah, o mundo indie!


Apesar de não ser muito conhecido, - e aparentemente ser mais um músico a ser "alavancado" por canções em trilhas sonoras de filmes - Yorn tem um voz legal. Tem talento. Quem sabe se tivesse entrado no American Idol não poderia estar numa boa agora, desfrutando dos prazeres da fama - não no Brasil, é claro, onde ele com seu visual alternativo seria prato cheio daqueles jurados que se acham o Quarteto Fantástico.

Agora, vamos falar da Johansson. Você já ouviu aquelas pessoas muito tímidas sendo forçadas a falar? Elas falam para dentro, quase sem possibilidade de entendimento. É exatamente o que acontece com a voz de Scarlett. Entra em vez de sair, ela canta para dentro. O motivo da voz dela querer tanto ir para dentro deve ser vergonha... O fato dela ter gravado os vocais dela em aproximadamente dois dias ajuda a explicar o que aconteceu na parte vocal do álbum. Gente com o talento dela pode ficar 15 anos trancada em um estúdio que não vai conseguir grande coisa (ao menos a Madonna acabou aprendendo alguma coisa com 20 anos de carreira, mas milagres dificilmente podem acontecer).


O que antes estava começando a ficar em evidência no álbum Anywhere I Lay My Head, aqui fica claro. Scarlett Johansson não tem voz. Está parecendo aquelas cantoras de jazz enferrujadas, que ainda tentam mostrar alguma coisa, mas só conseguem mostrar que passaram do ponto. E tentar cantar Tom Waits não ajudou em nada. Afinal, ela deve ser o tipo de gente que deve adular com devoção o auto-tune - provavelmente sob influência maligna de gente como Kanye West - que é, obviamente, o indício máximo de quem não tem talento.

Tomara que a Grazi (aquela lá, ex-BBB - o que deve se encaixar como nova categoria sub-humana) não acorde um dia achando que sabe cantar!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

AMR - Sober (P!nk)

Análise: Segundo single do quinto álbum da cantora P!nk, “Funhouse“. Lançado em Novembro de 2008, atingiu #15US e #9UK.


Será que a Kelly Clarkson curte um goró?

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A P!nk pode mesmo ser considerada uma artista autêntica. Podemos começar falando disso pelo fato dela conseguir convencer as pessoas a chama-la por “P!nk”. Enfim, depois que o Prince quis ser identificado por um símbolo que mais parecia o sinal de alguma seita satânica, nada mais pode impressionar ou causar interesse…

Outro fato é que Alecia Moore (o nome da P?nk) conseguiu tomar as rédeas de sua carreira se retirando do lucrativo filão R&B + Hip Hop no qual estava metida para poder fazer seu rock + punk + sei lá o que. Neste caso, a coisa melhorou e ela acertou em cheio!


Voltando para os dias atuais, P%nk lança o interessante álbum Fun House (que segue em qualidade com seu ótimo álbum anterior, I’m Not Dead, de 2006). E dele sai a canção “Sober”.

Aparentemente, a canção é baseada no fato de que uma vez P#nk esteve numa festa onde, depois de um certo tempo, se viu como a única sóbria no local. E ficou se perguntando como as pessoas podiam se divertir daquela maneira.

A canção tem um clima denso, pesado. Lembrando até mesmo o estilo gótico. O que nos lembra que “Sober” poderia se chamar “Call Me When You’re Sober” (dos góticos-mas-nem-tanto Evanescence). E P$nk segue com sua interpretação forte que foi até mesmo indicada para o próximo Grammy.


O clipe é realmente bem interessante. Nele há duas P&nks! Em certo momento as duas vão para cama dar uns amassos! Melhor que uma P*nk na cama, só duas mesmo! E é o clipe mais bem dirigido, artisticamente falando, condizendo com o clima da letra.

Bem, “So What” e “Sober” são bem legais. Mas o combo “Stupid Girls“, “Who Knew” e “U + Ur Hand” foi mais legal ainda. Talvez P¨nk resolva voltar nesta parte e lançar um “I’m Not Dead part II” ou até mesmo “I’m Still Alive, Asshole!”.

Comentário final: Kelly Clarkson (que também brigou para ter o direito de cantar o que bem entende) não foi mal, mas tem muito o que aprender com a Pink (acabaram os caracteres).

Vídeo da canção:

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

AMR - Ego (Beyoncé)

Leia também: Prós/Contras Divas 2: Beyoncé

Análise: Quinto single do álbum "conceitual" I Am… Sasha Fierce (álbum lançado no final de 2008), de Beyoncé. Lançado como lado A juntamente com "Sweet Dreams" e também remixado com participação de Kanye West.



Com esta luva metálica, já descobri qual o alter-ego da Beyoncé: Robocop…

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Para começar, "Ego" originalmente saiu da versão deluxe do álbum I Am… Sasha Fierce, álbum digamos, conceitual da Beyoncé, onde ela estaria representando a si própria no CD 1 (I am…) e seu alter-ego no CD 2 (Sasha Fierce). Olhando por cima, mas bem por cima, dá pra dizer que a Beyoncé resolveu ouvir bandas como Yes! e Emerson, Lake & Palmer, porque álbum conceitual é uma coisa que já foi enterrada faz tempo e só bandas de Rock Progressivo e similares são habilitadas a fazer. Agora, olhando para o desenvolvimento visual da coisa (mais necessariamente a luva), vemos que, no fundo, o alter-ego que ela quer representar já é beeem conhecido…



Tipo, um alter-ego que já ganhou 8 Grammys numa noite só e vendeu 110 milhões de cópias de um único álbum (só pra citar dois fatos) não é pra qualquer um…

Mas enfim… a produção de Blac Elvis diferencia um pouco a coisa, deixando o projeto um pouco mais easy, apesar de o outro lado do single, "Sweet Dreams", ser mais – bem mais – interessante. Não dá pra acreditar que "Ego" está no mesmo balaio de coisas como "Diva", "Video Phone" e "Single Ladies". Só podia estar mesmo no lado Sasha Fierce da coisa (que mais pareceu um pretexto para lançar música ruim ou excessivamente descompromissada).


Sobre o remix com Kanye West, só dá pra dizer que ele não dá muita sorte com esse negócio de remix (e muito menos com esse negócio de música). Dá pra notar pelo o que ele fez com 'Billie Jean' de Michael Jackson, no relançamento especial de 25 anos do álbum Thriller - com uma homenagem destas, não quero nem ver quando, sei lá, Bad fizer 25 anos!

E mais duas coisas atrapalharam West: o fato dele tentar cantarolar na canção – se com auto-tune a coisa já não soa bem, imagina sua voz crua – e simplesmente ele estar envolvido num projeto chamado "Ego"!! Só podia dar no que deu…

Sobre o clipe, nada de novo com relação aos outros. Parece que Sasha Fierce gosta de andar sempre acompanhada - de duas garotas boazudas. Se ela arranjar mais duas dançarinas vai conseguir fazer sua versão das Pussycat Dolls (é melhor nem pensar).


Bem, a canção não é ruim. O remix é dispensável, Beyoncé entrega no clipe mais do mesmo, o que a maioria quer ver e, por fim, parece ser uma espécie de pedido de desculpas por algumas cagadas da Sasha Fierce.
Mas eu ainda insisto na ideia de que Beyoncé devia reformar as Destiny’s Child. Era lá que ela tinha um relevância muito superior…

Vídeo da canção (versão remix):

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

AMR - I Hate This Part (The Pussycat Dolls)

Análise: Segundo single (terceiro nos Estados Unidos) do álbum Doll Domination das Pussycat Dolls. Lançado ainda em 2008, alcançou #11US e #12UK.


Eu detesto essa parte… Qual? Comentar a capa do single, claro…

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Para quem ouviu a estréia das Pussycat Dolls no mundo comercial (antes de cantar, o grupo The Pussycat Dolls era apenas um grupo de dança, que inclusive teve a participação da atriz Carmen Electra), percebeu o potencial nada promissor do single "Don’t Cha". Uma canção que fala sobre nada com um rapper do tipo do Busta Rhymes - não que ele tenha um tipo de referencial específico, mas simplesmente por ele ser mais do mesmo. Realmente nada poderia sair daí. Nem da grudenta "Stickwitu" (grudenta até no nome) nem de "Buttons" (onde temos o rap preguiçoso – pra variar – do Snoop Dogg). Bom, na verdade não vale a pena comentar o resto dos singles do álbum de estréia, então vamos para um que sim, me chamou bastante atenção. Vindo do segundo álbum: "I Hate This Part".

Uma canção com uma melodia simples mas bela em um piano e com batidas características dos trabalhos anteriores do grupo. A produção musical aqui foi um tanto cuidadosa, principalmente se você for considerar o nível qualitativo do som das Pussycat Dolls (sim, eu estou sendo incisivo com relação a "Don't Cha"). Fora a performance da Nicole – dentro de suas possibilidades – que mostrou vontade de cantar pela primeira vez, deixando seus peitos e corpo perfeito em segundo plano. Em "Hush Hush; Hush Hush", temos mais uma performance vocal louvável dela. Sobre as outras meninas: só dá pra dizer que elas se esforçam em dançar, porque todos sabemos quem é a verdade estrela e principal imagem comercial do grupo.


O vídeo-clipe se passa no deserto e quer nos fazer acreditar que Nicole sabe tocar piano (será? bem, pode até ser verdade, mas tocar piano e ser artista Pop não é pra qualquer um… já que não podemos mais perguntar para Freddie Mercury então pergunte para Elton John ou para uma artista mais recente no ramo, Lady Gaga). O vídeo-clipe é simplista e não é algo que prenda o interesse, mas a qualidade da música preenche este campo.

Enfim, Doll Domination tem menos sacanagem e algo mais substancial musicalmente falando. Apesar de "When I Grow Up" (outra música que fala sobre nada, mas que tem uma produção divertida) e "Bottle Pop" (mesmo caso da anterior) serem mais do acervo descartável das moças, a canção "Hush Hush; Hush Hush" coloca tudo na balança.


Olhando por cima dá pra dizer que as meninas estão no meio do caminho. Mas acho que não tem como esperar nada além disso vindo delas. Afinal, o que vale no final das contas é o corpo da Nicole, a música vai ficar sempre em segundo plano - vindo por aí, a atrasadíssima carreira solo dela.

Aviso final: um grupo que junta Busta Rhymes, Snoop Dogg e Timbaland pode causar sérios danos mentais, cuidado…

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

AMR - Love Lockdown (Kanye West)

Análise: Primeiro single do álbum 808's & Heartbreak do rapper Kanye West. Lançado em Setembro de 2008, alcançou #3US e #8UK.


Acredito que o balão murcho represente a moral do Kanye West...

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Então quer dizer que o grande e notório rapper Kanye West, aquele que é sempre referido como um dos melhores no seu ramo e que fez pérolas como The College Dropout, acabou fazendo um álbum sem o supracitado selo "Parental Advisory - Explicit Content" e chora por ter sido deixado por uma mulher?? Ah, fala sério vai...

Deixando o álbum de lado e partindo para seu primeiro single, digo que é uma canção muito interessante em vários aspectos. Primeiramente, tudo é baseado no fim do casamento do rapper com Alexis Phifer - fora que a mãe do cara, Donda West, havia falecido naquela época. No vídeo-clipe, West está choramingando pelos cantos, enquanto tribos africanas aparecem várias vezes, "dançando" e etc. Uma espécie de confusão mental por excesso de tristeza, uma possível tentativa de Kanye de mostrar como estava sua mente naquelas épocas.


West acabou virando um adepto do chororô com este single (o que não é usual para um rapper, pelo menos se tratando de assuntos sentimentais). E para tornar as coisas ainda mais variadas e até surpreendentes: esta é uma canção "cantanda". Não há rap, apenas canto. É mais do que óbvio que Kanye se utilizou de ferramentas praguejáveis como o Auto-tune (ferramenta master de quem não sabe cantar e nem tá perto disso mas ainda sim quer enganar uns trouxas para conseguir uns trocados), mas ainda sim não deixa de ser algo interessante. Kanye fez uma espécie de Rap-Emo ou coisa do tipo - é realmente novidade demais. É mais ou menos como se o Mike Shinoda do Linkin Park resolvesse ouvir Fresno ou NX Zero.

As batidas iniciais lembram um coração descompassado, o que deve representar o que Kanye estava sentindo com relação ao fim de seu casamento. O piano é intimista e invocado ao mesmo tempo, mostrando os momentos de tristeza e raiva do rapper. E por fim, batidas tribais. A impressão que dá é que Kanye resolveu afogar as mágoas na Bahia e acabou ouvindo o Olodum em algum lugar. Como se trata do Brasil, e quase todo mundo fora daqui pensa que aqui só tem índio e mato, a parte das batidas são representadas por índios africanos (hauahuahaa...).


Enfim, o clipe é bem feito e interessante. Simplista e mostrando uma humildade anormal e nada usual de Kanye West (o que, além de ser novamente mais uma grande novidade, é um verdadeiro milagre). Ele canta em vez de fazer Rap, com a voz modificada pelo Auto-tune, que na verdade só costuma estragar as vozes e, olhem só: Kanye cantando com a voz estragada soa melhor do que fazendo Rap com sua voz normal. Que contra-senso!

Tá ruim mas tá bom!