Artista: Ingrid Michaelson (08/12/1979) País de Origem: Estados Unidos da América Hits: "The Way I Am", "Be OK" Hit da Jukebox: "Be OK" (2008, #91US - #174UK)
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A menina (não tão menina assim em seus 33 anos) Ingrid Michaelson não é lá muito conhecida. Chuto que não é praticamente conhecida. Ela pertence a um círculo underground que não tem lá muita difusão por aí: o Indie Pop. Se você entende um pouco de música, deve conseguir imaginar o que é misturar estes dois. Talvez o The Ting Tings seja um bom expoente do estilo, por fazerem bem e por serem mais populares.
Michaelson não é muito popular mesmo, tendo em "Be Ok" seu single mais reconhecido - e também o mais legal. Uma melodia simples, fácil e contagiante. O contagiante é algo que, dependendo do caso, é irritante, mas aqui é bem bacana. Dá até uma certa curiosidade para se aprofundar no mundo do Indie Pop. Curiosidade: no período de 7 anos, ela lançou 5 álbuns!
Ingrid Michaelson também já trabalhou com outro nome relacionado ao estilo e que tem angariado mais atenção por aí: Sara Bareilles, da ótima "Love Song" (2007). O mulherada do Pop anda mandando muito bem, embora sendo do underground...
O AMR de hoje é um freelance feito pela minha querida amiga Dharla.
Análise: Primeiro single do álbum Kaleidoscope Heart, da cantora Sara Bareilles. Lançado em Maio de 2010, alcançou #32US.
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Sara Bareilles é uma cantora americana que começou sua carreira musical tocando em bares e clubes em 2002. Em 2003, conseguiu um contrato quando mandou suas demos para algumas gravadoras. O hit "Love Song" rendeu uma indicação ao Grammy, em 2009, como Canção do Ano e Melhor Performance Vocal Feminina Pop e ficou famoso aqui no Brasil por ter sido trilha sonora da novela global Beleza Pura.
Bareilles sofria com o famoso bloqueio de escritora, mas conseguiu deixá-lo para trás. Sara diz que o bloqueio "passou de um mero incômodo para algo realmente assustador. Estava pensando que talvez nunca mais fosse escrever outra música de novo. Quando comecei a duvidar de mim mesma, a 'Uncharted' (segundo single do álbum)" veio como num passe de mágica, coloquei meus medos de lado e foi como se fosse uma luz no fim do túnel". E "King of Anything" nasceu após esta vitória.
"King of Anything" também foi indicada ao Grammy em 2011 como Melhor Performance Vocal Feminina Pop. Nos primeiros minutos da música, parece que estamos ouvindo alguma outra cantora como, por exemplo, Sheryl Crow... sim, estilos diferentes mas nem tanto. A canção é o primeiro single do álbum Kaleidoscope Heart, música que entra pra categoria grudenta, daquelas que você ouve e 10 horas depois ainda está com ela cantarolando na cabeça.
A sonoridade da música remete a uma tarde ensolarada de verão, mar e praia... Ela é uma clássica música pop que inclui arranjos de piano, teclado, backing vocals e percussão (muito bem elaboradas e harmoniosas, por sinal). A letra é simples, porém agradável evidenciando todo o potencial e toda a força da voz da Sara.
Análise: Segundo single do álbum The ArchAndroid (Suites II and III), da cantora Janelle Monáe com participação do rapper Big Boi. Lançado em Fevereiro de 2010.
Janelle... Janelle??
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Antes tarde do que nunca!
Não é só de Rihannas, Britneys e outros exemplares de Pop menos cotados que vive o mundo da música. Se você não suporta este R&B pseudomoderno da Rihanna, o fato da Britney não saber cantar e a Katy Perry começar a encher o saco, você tem alternativas mais musicalmente saudáveis. Claro que não estou pregando aqui a salvação universal do mundo da música, mas já é um começo. Você pode continuar ouvindo o seu ridículo "delícia, assim você me mata"...
Janelle Monáe (um dos nomes de artistas mais esquisitos de já conheci desde a Estelle Fanta) é uma moça do Kansas que, quando mais jovem, se mudou par Nova Iorque para estudar arte. Por lá, acabou esbarrando no rapper Big Boi (do sumido Outkast), que colocou a garota na direção de Sean Combs (o nominalmente indeciso rapper Puff Diddy). Combs resolveu verificar o portfólio de Janelle no MySpace e gostou do que viu. Ela então assinou com o gravadora de Combs, a Bad Boy Records e iniciou seu jornada musical.
Saído do primeiro álbum da moça, "Tightrope" é um Funk Soul bem animado e contagiante. De uma certa maneira, podemos considerá-la uma espécie de James Brown deste tempo - tanto no contágio de seu som quanto nos interessantes passos de dança. Projetos deste tipo tendo algum tipo de investimento e destaque é realmente de surpreender. É divertido e bem feito - o inverso de muita coisa por aí que ganha destaque por motivos errados (não é, Rihanna?).
Digamos que ela possa meio que ser considerada underground quando consideramos a atual situação do maintream. Mas o que é realmente gozado (ou não) é que você geralmente encontra muito mais criatividade e diversão neste pessoal - Sara Bareilles, Ingrid Michaelson, Kate Voegele... enfim, são muitas. Mas a Janelle tá em outra onda. Enquanto as citadas seguem uma linda mais Indie Pop, temos um puro exemplar do Funk vivo nos dias de hoje!
A batida de fundo parece ser uma versão acelerada da batida de fundo da canção "Hey Ya!" (influência do Big Boi?), que era um projeto igualmente divertido, mas que no fundo acabou não se sustentando e indo parar sabe-se lá onde. De qualquer maneira, Janelle (que é o que de melhor o Puffy Daddy fez em toda a sua vida) não será uma grande artista do mainstream, pode até acontecer, mas acho difícil. Mas não acho que ela deva realmente ligar para isso: hoje em dia ser do mainstream significa, em grande parte das vezes, perder a graça e os atrativos. Hoje em dia?