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domingo, 21 de abril de 2013

AMR - Fine China (Chris Brown)

Análise: Primeiro single do álbum X, do Chris Brown. Lançado em Abril de 2013, alcançou #52US e #23UK.



Do Boxe ao Kung-Fu?

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Muitos artistas acabaram, por escolhas errôneas e atitudes impensadas (idiotas), jogando suas carreiras no limbo, na lata do lixo. Sem grandes chances de recuperação, eles amargam fracassos ou não conseguem mais o sucesso de outrora. No rama da atuação, podemos citar dois exemplos que penaram muito até conseguirem se reerguer: Robert Downey Jr (O Homem de Ferro) e Mickey Rourke (que atuou com Downey Jr no segundo filme da saga do herói da Marvel). Ambos se conduziram de maneira inadequada, mas conseguiram dar a volta por cima. Na música, David Bowie quase morreu pelo vício das drogas, mas se livrou. O álcool quase matou Eric Clapton. Já quem não conseguiu se recuperar: Milli Vanilli simplesmente enganaram o mundo, e todos os lados envolvidos nunca conseguiram reaver qualquer traço do que já haviam conquistado. Netinho de Paula desceu a sova em sua ex-mulher e terminou de esmorecer sua já combalida carreira.

E no meio deste balaio, temos Chris Brown. Brown que teve um início bom de carreira, tendo seu single de estréia, "Run It", no primeiro lugar nas paradas (feito realizado por poucos, o último havia sido Diddy com "Can't Nobody Hold Me Down" em 1997). Conquistou 10 singles no top 10 Norte Americano e 8 no top 10 Inglês. Enfim, passos grandes para uma carreira precoce de um garoto de 16 anos - com direito até mesmo a uma relação com outra estrela jovem e promissora (que foi o princípio do fim).


Poderia ser o início de um relacionamento meteórico como o de Beyoncé e Jay-Z. Mas Brown teve a brilhante ideia de descer a sova na Rihanna. Resultado? Com razão, Chris foi escrachado por todos os lados e sua carreira nunca mais foi a mesma. Seus dois primeiros álbuns venderam nos EUA uma média de 2 milhões de cópias. Após a agressão, o que vendeu mais não passou de 1 milhão (tivemos a vergonhosa marca de 360 mil cópias por Graffiti, primeiro álbum lançado após o escândalo - que mesmo sem esta confusão, teria vendido mal pois é de uma ruindade atroz). Neste ínterim, Rihanna teve sua carreira em ascensão, fazendo cada vez mais sucesso. Brown foi capaz até mesmo de se envolver em confusão (com direito a lesão corporal) com outros artistas: em ocasiões diferentes, Drake e Frank Ocean. Afinal, é muito inteligente da sua parte sair batendo nos outros quando já se carrega um peso enorme nas costas por ser um agressor de mulheres.

O fato é que, tirando alguns posições até que boas considerando a situação, Brown está bem em baixa na sua carreira. Mesmo a retomada de seu relacionamento com Rihanna (que pelo visto, no fundo, gostou da sensação de saco de areia que o namorado lhe proporcionou), as coisas não parecem boas para ele. Seu último nº 1 nas paradas do Tio Sam foi em 2007 (a repulsiva e cretina "Kiss Kiss") e os trabalhos lançados nos últimos álbuns tem tido um tom inacreditável de suicídio comercial, sendo uma pior que a outra. Resta-nos a curiosidade de saber o que virá com o novo álbum, X e o novo single, "Fine China".

Pagode agora?? (qualquer semelhança com o Netinho de Paula...)

Bem, surpreendentemente, sou obrigado a reconhecer que esta é a melhor canção de Chris Brown desde "Forever" de 2008! E isso definitivamente não é pouca coisa: é como um pobretão ganhar na loteria acumulada. Com produtores desconhecidos (sem gente como Swizz Beatz), a coisa toda soou muito melhor do que costuma ser. Dá de fato vontade de dançar, e tirando o falsete horrível, área que Brown não tem qualquer domínio, sua voz nem está irritante como de costume. E a imitação dos maneirismos vocais de Michael Jackson não soam nem como homenagem nem como diferencial: simplesmente fora de lugar.

A canção não é ruim, o que é um grande lucro para Brown (embora a canção não tenha chamado a atenção e possivelmente esteja a caminho do limbo). Parece que Chris Brown (ou seja lá quem o agencie) percebeu que o caminho que ele trilhava era ridículo e inócuo. Um passo a menos para o suicídio comercial.

Destaque para certos pontos do vídeo da canção:

1 - O pai da garota mostra-se muito reticente e preocupado com sua relação com o personagem de Brown. Não é sem motivo: a filha dele tá saindo com o Chris Brown! Tipo, ele deve ler jornais e deve ter visto a cara da Rihanna depois de um encontro com ele...

2 - Inacreditável um clube dançante como o que apareceu no vídeo ter um leitor ocular!!

3 - O vídeo mais aparece uma cópia forçosa de "You Rock My World". Coisas como "a garota proibida", "a briga no local", "sair dançando por todo o lugar". Brown mais aparece um destes imitadores de quinta categoria que andam por aí...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

AMR - Desastres do "Pop" 3 - Kiss Kiss

Leia também: AMR - I Can Transform Ya (Chris Brown)



Para mim, Chris Brown é com certeza um dos artistas mais sortudos dos últimos tempos. Com muito, muito mais sorte que juízo, claro. Afinal, como alguém consegue fazer as músicas que faz e ainda ter uma carreira? Pior: como alguém consegue bater na Rihanna e ainda ter imbecis o suficiente pra dar suporte pra isso? Tudo bem que não se deve misturar a vida pessoal com a profissional, mas aqui neste caso, um boicote e uma surra bem demorada são merecidas.

Enfim, Brown apareceu com a canção "Run It" com seus 15 anos. Uma espécie de Justin Bieber da periferia, movido à drogas do tipo rap e hip-hop. Ou seja, em vez de "Xou da Xuxa" temos um "Cidade de Deus". Pois até hoje o rapaz nos enche os ouvidos (e o saco) com sua canções que pesam tanto quanto um saco de penas, mas que parecem chumbo no cérebro.

Mas nenhuma dele me irrita mais que "Kiss Kiss"...


"Me dá um beijinho, vai?"

|O cretinismo em forma de música aqui não ganhou nenhum prêmio importante, como o Grammy, mas conseguiu mais uma vez provar a falta de bom-gosto dos norte-americanos com um #1US|

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Christopher Maurice Brown nasceu em 5 de maio de 1989. Começou sua carreira com 15 anos e já lançou 3 álbuns e vários singles. Tem envolvimentos com a justiça por ter espancado sua ex-namorada, a cantora Rihanna.

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De novo acontece aquele problema que, de tanto eu reclamar aqui no blog, já devem ter decorado: pra que se chama um ou vários caras pra ficar gritando e/ou dizendo coisas de entendimento nulo ao fundo de uma música? Se eu quiser algo assim, eu vou pra uma feira livre (que deve ser beeem mais agradável) ou assisto uma sessão no Congresso Nacional (não dá pra saber o que é menos improdutivo).

O principal problema de "Kiss Kiss" é a famigerada ferramenta, subterfúgio e desculpa esfarrapada de quem não sabe cantar: o auto-tune. O filhote desta ferramenta veio com o produtor Giorgio Moroder, ajudou a ser popularizado por Peter Frampton e Cher e agora é usada indiscriminadamente por gente desqualificada (Akon, Akon...). Isso devia servir pra retocar, arrumar imperfeições vocais de quem tem um mínimo de talento. Agora, pegar o T-Pain e o Lil Wayne e querer um milagre, é pedir demais. No caso desses dois é pedir demais mesmo!


A produção do projeto ficou sob a responsabilidade do próprio T-Pain, que na verdade deve ter sido o verdadeiro inventor do auto-tune. Esse negócio deve ter nascido na garganta dele depois de uma noitada de drogas ou coisa pior. E possivelmente ele deve usar esse efeito de voz até mesmo em casa.

A preguiça de Brown em esboçar algo que pareça com cantar é disfarçada - ou pelo menos tentaram - com o auto-tune e outros efeitos - claro que jogar o naco de voz que é a do T-Pain por cima não foi, definitivamente, uma boa idéia. Pra você ter uma ideia, ouvindo isso dá pra sentir saudade de "Wall to Wall", a tentativa babaca e patética de Chris fazer seu próprio "Thriller".

O mais curioso é que "Kiss Kiss" tirou do topo das paradas outra bosta fumegante: "Crank That (Soulja Boy)". É aquela história: quanto mais você mexe na merda, mais ela fede. E no caso, foi uma merda em cima da outra...


Kiss, kiss, kiss! Soc, pow, paf...

Continuo firme com minha opinião de que Brown é um dos piores artistas surgidos nesta década que passou, servindo, quando muito, como dançarino na Broadway - ou até mesmo como falsificador, aproveitando seu talento em copiar ("Gimme That" é uma versão "epic fail" de "Smooth Criminal", do Rei do Pop, Michael Jackson, que tem participação de outro desastre movido à auto-tune: Lil Wayne).

Não vamos nem falar do álbum Graffiti, não é? Certas coisas falam por si...

Vídeo: