Artista: Timmy Thomas (13/11/1944) País de Origem: Estados Unidos da América Estilo: R&B, Soul Hits: "Why Can't We Live Together", "People are Changin'", "Gotta Give a Little Love (Ten Years After)" Hit da Jukebox: "Why Can't We Live Together" (1972, #3US - #12UK)
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O cantor, compositor e tecladista Timmy Thomas nasceu no estado de Indiana (mesmo estado do Jackson Five) e, antes da carreira musical, chegou até a ser mágico. Já na música, trabalhou como músico de estúdio até conseguiu seu espaço e gravar seu primeiro single, "Why Can't We Live Together". Que, até os últimos trabalhos realizados por Timmy nos anos 90, permanece como seu único grande sucesso.
O single foi escrito e produzido pelo próprio Thomas, e tem como base um órgão e percussão. Um dos produtores da gravadora ouviu a demo e teve a ideia de adicionar outros instrumentos, de modo a deixar a canção mais cheia, deixando sua introspectividade, mas a ideia foi deixada de lado e a faceta intimista foi mantida. O resultado foi bom, com mais de 2 milhões de cópias vendidas.
E como não poderia deixar de ser, vários samples e covers foram feitos. A mais memorável foi a versão de um cantor chamado Mike Anthony, que em 1982 fez sua versão, um pouco mais pomposa, acrescentando letras e batidas e outros toques. Tornou-se um caso de uma cover que ficou tão boa quanto a versão original, em minha opinião.
Encontrei duas fotos bem interessantes de dois artistas igualmente interessantes:
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Elton John
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Eric Clapton
Detalhe: Eric passou boa parte da sua vida acreditando que sua vó (na foto) na verdade era sua mãe (e acreditando que sua mãe na verdade era sua irmã).
Leia também: AMR - Party Rock Anthem (LMFAO) Análise: Terceiro single do álbum Sorry for Party Rocking, do LMFAO. Lançado em Setembro de 2011, alcançou #1US e #5UK.
Hahahahaha...
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O LMFAO é realmente um duo improvável. Redfoo e SkyBlu iniciaram a parceria em 2006 e lançaram um álbum em 2009, Party Rock, sem grandes alardes ou qualquer expectativa, mas até que o #33US nas paradas pode ser minimamente considerável. Desde aquela época eles já tinham em suas letras o clima de festividade e a aparência esquisitona puxada dos anos 80. E apesar do início discreto, o primeiro álbum teve uma indicação ao 52º Grammy na categoria Melhor Álbum Dance/Eletrônico.
"Apadrinhados" por Will.I.Am, os dois insistiram e, dois anos depois, se saíram com Sorry for Party Rocking (que com este título mais parece um pedido de desculpas pelo que produziram no passado). E desta vez eles foram bem mais longe, com o álbum chegando a #5US e #8UK. E até mesmo com uma aparição no Super Bowl com a Madonna eles mostraram que ganharam o mundo. Tá, tô exagerando, lógico. Mas de qualquer maneira, eles ganharam o ouvido da galera com "Party Rock Anthem" e "Sexy and I Know It".
Diferente do que aconteceu em "Part Rock Anthem", o LMFAO (abreviação para a ridícula frase "Laughing My Fucking Ass Off") conseguiu fazer algo realmente divertido e atrativo, perfeito para pistas de dança e para agitar. Sim, vocês não estão lendo errado: estou, de fato, elogiando algo. Obviamente, falo isso sem citar o tema tacanho e egocêntrico do qual trata o single. Talvez pior que isso seja o vídeo-clipe, que mostra homens (incluindo RedFoo e SkyBlu) chacoalhando as, digamos, "pistolas". Ou seja, é tão babaca e constrangedor que chega a ser divertido e engraçado. Sério. Dentre as participações no vídeo, estão o ator Jamie Foxx e, ora vejam só, Ron Jeremy - que deve entender mais do que qualquer um ali como chacoalhar a "pistola" (que no caso dele seria uma mangueira de bombeiro).
Aliás, o RedFoo está lembrando bastante o Weird Al Yankovic - o este vídeo parece muito algum projeto humorístico dele...
Minha conclusão final é que aquie eles acertaram o alvo. Porém, isso foi o suficiente apenas para lhes dar o ônus da dúvida. No single anterior eles apareceram, e neste mostrar serviço. Resta agora esperar e ver se conseguem manter a terceira parte do ciclo: manter-se.
Grillz. Quem vive aqui no Brasil está acostumado com coisas que viram moda e são esfregadas na nossa cara com um rótulo de obrigatoriedade. Desde coisas mais banais como aquele maldito brinquedinho que é uma corda com duas bolas na ponta que ficam batendo uma na outra fazendo um baralho irritante, passando por mini-skates de dedo,iô-iô, até o mundo da moda que anda cada vez pior. Mas deve dizer que a moda ser algo idiota e constrangedor não é exclusividade nacional - especialmente se você acompanha aquela futilidade abismal que é o mundo fashion das passarelas. E o que quero dizer é que lá por 2005, um acessório tornou-se muito popular nos Estados Unidos (e talvez até fora de lá). Seu nome? Grills. Seria uma espécie de dentadura ou aparelho móvel feito de "ouro", que te deixa parecendo alguém que, por falta de sorte ou descuido puro, perdeu todos os dentes e teve que substituí-los por estas próteses.
Este discurso todo é pra dizer que este improvável e ostentador acessório viu tema de música. E claro que algo tão metido a besta e de mal gosto só poderia ser cultuado por rappers. E o cara da vez foi o Nelly que conseguiu se consagrar e se superar, produzindo uma das piores coisas já ouvidas nesta década que passou. Sobre Nelly, acho que dispensa apresentação. Estourou em 2002, com destaque para "Dillema", com participação da esquecida Kelly Rowland, saída do seu segundo álbum, Nellyville. Fora que o cara já angariou até mesmo o prêmio Grammy. Bem, ele precisava derreter alguma coisa pra fazer seu grills...
Grills poderia ser uma máscara, pra cobrir toda a cara logo...
|Este veículo escroto de mal gosto chegou em primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos e ainda foi indicado a um Grammy!!|
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O rapper Nelly (nascido Cornell Iral Haynes Jr, em 2 de Novembro de 1974) começou sua carreira nos anos 90, no grupo de Rap St. Lunatics e saiu para carreira solo em 2000. Seu primeiro álbum saiu em Country Grammar, ainda em 2000.
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Não que as coisas tenham de fato melhorado no mundo da música, mas 2005 foi um ano de destaque musical, negativamente falando. O estouro do Charmillionaire, 50 Cent estava mais em destaque que nunca e RBD existia. Era muita coisa ruim pra um ano só. E como é de se reparar, um ano de boa safra (se é que isso é possível) para o Rap e Hip-Hop. Poucas coisas poderiam ter sido tão idiotas e inacreditáveis quanto "Candy Shop" do 50 Cent - uma daquelas balas que ele tomou deve ter se alojado no cérebro pra ele ter feito algo assim, só pode...
Porém, por incrível que pareça, algo conseguiu ultrapassar este single medíocre. Sim, algo teve a capacidade de ser pior. E isso veio de um lugar obscuro. Foi do Nelly que saiu mais uma tragédia musical do novo século. E tirando uma parceria com a Fergie no single "Party People", ele não conseguiu nada mais relevante que isso. Muito tempo antes, Nelly fez um single bem divertido, que acabou indo parar na trilha sonora do filme Todo Mundo em Pânico 2, chamado "Ride Wit Me" com seu antigo grupo, o St. Lunatics. E basicamente, qualquer coisa que possa ter qualquer interesse ou relevância na carreira do Nelly acaba exatamente aqui.
"Grillz" tem aquele clima banal e desolado que parece fazer a alegria dos produtores e artistas do Rap. Nada de realmente interessante ou inovador. Apenas a mesma cantilena tediosa e participações de outros rappers que nada ajudam o acrescentam ao projeto - o Nelly poderia fazer tudo sozinho que a coisa toda ia ficar na mesma. A propósito: o quão idiota e estúpido você tem que ser para dedicar tanto tempo e dinheiro em uma música que fala sobre um tipo de dentadura que deixa o usuário com uma aparência de boca podre? É realmente muita falta de assunto ou um poder de futilidade incrível...
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Participando da canção (não creditados) e do vídeo-clipes, temos Paul Wall e Ali & Gripp, o que significa menos que nada. Até o Big Boi do Outkast apareceu no vídeo-clipe e pergunto: e daí? O Jermaine Dupri foi responsável por esta baderna e agora entendo o fim do seu relacionamento com a Janet Jackson... Só não consigo entender uma indicação ao Grammy. É realmente muita falta de algo relevante...