segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Aconteceu - Jay-Z condena regravação de We Are The World


Jay-Z explicou sua ausência na regravação de "We Are The World". O rapper declarou que os artistas deveriam gravar uma nova música ao invés de remixar "We Are The World", clássico de Michael Jackson, 'tão intocável quanto Thriller'.

Sabendo que muitas pessoas estão se perguntando porque Jay-Z preferiu não participar da regravação de "We Are The World", o rapper compartilhou seu ' interessante ponto de vista a respeito'. Jay explicou que nada, mesmo que cheio de estrelas, poderá chegar próximo da gravação original.

"Eu sei que todos vão entender de forma errada: 'We Are The World', eu amo, entendo a causa e acho ótimo. Mas eu acho que 'We Are The World' é como 'Thriller' para mim. Não quero nem vê-lo sendo 'tocado' ".

"Eu sou fã de música. Eu sei o quão ruim é a situação no Haiti. Aplaudo os esforços: milhões foram arrecadados através de doações via mensagem de texto. Então, eu valorizo os esforços e tal, mas para mim 'We Are The World' é musicalmente intocável, assim como 'Thriller'. Algumas coisas são simplesmente intocáveis. É um esforço valioso, mas pra mim, continuará sendo intocável".

Depois dessas declarações à MTV, Jay-Z soltou um comunicado oficial, onde disse adorar a ideia de reciclar um clássico. "Como todos sabem, eu tenho um tremendo respeito por Quincy Jones. E claro, eu o acho genial, assim como o mundo. Mas penso que é hora de fazermos uma nova música. Eu tentei fazer isso com "Stranded". Eu não tentei fazer 'We Are The World', mas tentei mostrar o nosso lado, como nos sentimos".
Fonte : Popline

A vida é muito engraçada mesmo. Enquanto grandes lendas da música tomam decisões totalmente questionáveis, um rapper (estes que geralmente são tomados como desmiolados) faz uma das declarações mais sensatas dos últimos tempos.
Hova, hova!

Pra quem ainda não ouviu a canção (e tiver coragem) :

AMR - 90's Jukebox 2

Artista: William LaTour (provavelmente 1962)
País de Origem: Estados Unidos da América
Estilo: Dance
Hits: "People Are Still Having Sex", "Blue"
Hit da Jukebox: "People Are Still Having Sex" (1991, #35US - #15UK)


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LaTour é um desses caras multimídia que já trabalhou como radialista, usando sua voz para outros projetos radiofônicos, escritor de paródias e etc. Mas sua maior realização foi como "músico". Ou melhor dizendo, no mundo da música.

Além de sua música "Blue", que esteve na trilha sonora do filme "Atração Fatal" e que fez relativo sucesso, LaTour fez outra canção que lhe tornou um legítimo One Hit Wonder: "People Are Still Having Sex". Ser um One Hit Wonder significa viver de uma glória única do passado que nunca mais vai se repetir. Então, se você é artista e sabe que não vai fazer nada mais produtivo, aproveite seus 15 minutos de fama (ou seus 4:30, depende da extensão de sua pequena obra).


LaTour é o tipo de DJ que mexia com instrumentos musicais variados, não só com "sintetizador A", "sintetizador B", "sintetizador X". O interessante de seu trabalho foi a inclusão de intrumentos - ou melhor dizendo, músicos de verdade - especialmente teclados. Na sua canção pode ser ouvir uma bateria bem trabalhada, piano e até mesmo sample de música clássica, "Toccata and Fugue in D Minor" de Bach (não presente na versão do vídeo-clipe)!

Dá pra dizer que o rótulo dance foi derramado sobre uma canção pré-realizada, sendo moldada e direcionado ao público que quer se divertir na pista. Algo muito legal na época - anos 90, claro, porque se isso toca sem nenhum tipo de remixagem nas pistas de dança, as pessoas vão pensar que o DJ acabou bebendo demais ou coisa pior...

Na letra, LaTour fala sobre as pessoas fazerem sexo e é isso. Bem, se as pessoas se assustavam com as asneiras que Madonna falava na época, talvez ele assustasse um pouco. Mas enfim, no Bronx ou no Brooklyn o que deve ter assustado mesmo é uma canção estranha que não tem rap ou hip-hop.

É legal ver dance elaborado, hoje em dia isso até existe ainda, mas é tão escasso que até parece coisa de One Hit Wonder... oops!

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Especial - We Are The World 25 for Haiti (por Reid)


Um infeliz acontecimento ocorreu logo no início de 2010: um desastre natural abateu o Haiti causando destruição, mortes e desolação. A situação do país ficou realmente terrível e triste.

Visto isso, vamos falar de uma iniciativa por parte de artistas para ajudar aquele país: uma nova versão do clássico "We Are The World". Canção composta por Michael Jackson e Lionel Richie, produzida por Quincy Jones e Michael Omartian e interpretada por vários artistas sob o nome de USA for Africa para ajudar os famintos daquele país.

O remake conta novamente com a supervisão de Quincy Jones e a participação de vários artistas atuais (a participação de Michael Jackson foi mantida, mostrando que pelo menos alguns porcento de bom senso estavam presentes no projeto).

Pergunta: Poderia uma canção clássica sendo refeita por artistas atuais dar certo?
Resposta: O que vale é a intenção, não?

A produção na parte musical não mudou muito simplesmente para manter o vínculo com o antigo projeto. Mas dentre as coisas que alguns chamam de "liberdade artística", eu chamo de "falta de noção" ou "ideía de jerico", temos até mesmo um rap. O que dizer?

Vou analisar a canção dividindo as classes artísticas dos artistas, na melhor ordem possível e analisar da maneira mais simples.

Temos Justin Bieber, Miley Cyrus e Nick Jonas dando suas contribuições. Mas por que? Bem, Miley até que se entende. Ao meu ver, ela é uma artista que está crescendo com força na música e tem uma conexão grande com o público juvenil. O que seria uma maneira de transmitir uma boa mensagem para esta faixa etária. Mas Bieber mais parece estar ali porque esqueceram de colocar na porta do estúdio uma placa escrita "apenas maiores de 1,50m". A participação dele acrescentou pouquíssimo - ou até mesmo nada - na introdução, principalmente se considerarmos Kenny Rogers. Sobre Nick Jonas é melhor simplesmente não falar nada - exatamente como sua participação foi.

Temos também Nicole Scherzinger e Jennifer Hudson. Bem, Nicole tem uma voz no máximo adequada. Infelizmente ela é o tipo de cantora que faz o tipo "até sei cantar, mas sei rebolar bem melhor". Mas acho que ela entrou no clima da coisa que conseguiu interpretar bem. Sobre Jennifer Hudson, ela tem um potencial imenso e foi uma das melhores escolhas no projeto. Grande revelação.

Temos artistas muito experientes como Tony Bennett e Barbra Streisand. O problema foi Bennett que resolveu mudar o tom da canção - talvez de propósito, talvez por não se lembrar como era a canção mesmo. Barbra e sua voz continuam melhores cada ano que passa. Pena que ela não participou da versão original.

As vozes bonitas e fortes de Josh Groban, Mary J. Blige, Celine Dion, Toni Braxton e até mesmo Fergie reforçam bem o projeto. Groban e Blige se mostram grandes artista de sua época assim como muitos artistas do USA for Africa se mostraram em suas épocas. Fora que Dion sempre consegue uma interpretação melhor que a outra - e aqui ela consegue mostrar isso mais uma vez.
A voz de P%nk está surpreendente. Apesar de não parecer, é uma das artistas de maior potencial de sua geração. Eles pesam no lado positivo da balança dos artistas deste projeto.

A parte do rap foi simplesmente constrangedora. Só porque rap é um dos novos sons da década - era pra ser apenas da década passada, mas pelo visto essa praga vai se estender através do tempo - eles acharam que seria legal incluir aqui. Mas é bom observar que o new-wave e sonoridades como a do B-52s e do Duran Duran não estavam exatamente presente no projeto anterior...

LL Cool J, Will.I.Am, Snoop Dogg, Busta Rhymes, Kanye West e outros menos cotados são responsáveis pelo momento mais constrangedor da canção. E mais impressionante que isso é o fato de West não se sentir incomodado por ter que dividir espaço com outro rapper ou outro artista. Estranho. Enfim, o tipo de idéia que devia ter ficado na cabeça de quem quer que tenha ousado pensar nisso.

Akon, T-Pain e Lil Wayne resolvem mostrar que definitivamente não sabem cantar ao inundar suas participações no auto-tune. Na época do projeto original, entrava no estúdio quem sabia cantar. Agora entra quem tem duas pernas e coordenação motora o bastante para ir na direção da porta. Triste, muito triste. E dispensável.

Michael Jackson está no projeto. Pena que só uma colagem de sua participação original e não sua presença em estúdio. Sua presença foi apenas em corações. É bom ver que fizeram exatemente algo que ele faria para ajudar aos outros.

Houveram muitos e muitos outros artista no projeto. Mas infelizmente isso não fez dele mais relevante. Uma nova canção talvez seria mais interessante e certa para o objetivo, pois comparações são inevitáveis. O que acontece aqui é que, musicalmente falando, não fez diferença alguma. E o que valeu mesmo foi a intenção. Mas, claro, parabéns aos artistas pela iniciativa.

Que Deus proteja os haitianos e os ajude neste momento tão difícil.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Especial - We Are The World 25 for Haiti (por Ms. Valentini)

Aviso aos navegantes : os comentários críticos aqui não são referentes à tragédia no Haiti em si, mas tão somente à regravação de We Are The World.



Há cerca de 25 anos, Michael Jackson e Lionel Richie se juntaram ao já lendário Quincy Jones para produzir uma canção, cujos ganhos seriam destinados ao pagamento de dívidas externas de países africanos. A letra foi escrita em meia hora por Richie (com a ajuda de Jackson), mas passou a mensagem adequada. Assim, 47 artistas - MJ, Richie, Ray Charles, Stevie Wonder, Diana Ross, Bob Dylan, Bruce Springsteen, entre outros - se juntaram sob o projeto "USA for Africa" para gravar We Are The World.

Como vocês podem perceber, o projeto não deu muito certo : apesar de a canção ter ganhado múltiplos discos de platina e ter se tornado hit em vários países - inclusive conseguindo #1US e #1UK - seriam necessários alguns trilhões de dólares a mais para que o problema em questão fosse resolvido. Mas, pelo menos, nos restou uma canção digna de nota....diferente do que temos aqui agora : We Are The World 25 : for Haiti vai conseguir a proeza de ser um Fail duplo - o dinheiro arrecadado pela canção, principalmente nesses tempos de crise da indústria fonográfica, não será lá significativo como ajuda na reconstrução do país, e, finalmente, o objetivo deste especial : mesmo com Quincy Jones no comando da produção, os artistas envolvidos conseguiram metralhar quase todo o belo trabalho de Jackson e Richie.

Mas por que toda essa agressividade? Eu te respondo : algo que tem Lil' Wayne no meio só pode ser um desastre tão grande quanto a ocorrência de um terremoto.

Para começar a canção, quem melhor para tomar o lugar de Lionel Richie do que....Justin Bieber? Eu fico imaginando quem foi o gênio que mudou a lista de artistas convidados de "grandes ídolos da música" para "sensações adolescentes da Disney". Bieber ainda entrega vocais chorosos, um tanto quanto irritantes, que deixariam as vítimas do desastre mais desesperadas ainda. Jennifer Hudson (American Idol, Dreamgirls) substitui Stevie Wonder graciosamente, com seus vocais poderosos. Jennifer Nettles e alguma espécie de sósia de Marcos Mion fazem o verso de Paul Simon e Kenny Rogers sem problemas.

Finalmente alguma espécie de ídolo entra em jogo : Tony Bennett participa da canção, no lugar de James Ingram. Mary J. Blige faz a parte de Tina Turner, mas deveria mesmo é ter substituído Stevie Wonder, porque está usando um óculos tão grande que não deveria estar vendo nada mesmo.

Na sequência, parece que o bom senso deu as caras por aqui e fez com que Michael Jackson fosse mantido no refrão. Há uma tentativa de dueto entre o cantor e sua irmã Janet - o que não dá certo porque parece que alguém cortou o áudio da cantora. Os dois aparecem lado a lado no vídeo, e o curioso é que parecem ser a mesma pessoa, com cortes de cabelo diferentes. Barbra Streisand substitui Diana Ross, algo totalmente aceitável. Só que a Disney ataca novamente aqui com a aparição de Miley Cyrus, no lugar de Dionne Warwick - mas no quesito vocal, até que foi uma "escolha" adequada. Henrique Inglesias canta uma versão modificada da canção e Nicole Schewzkjsdfhk (Pussycat Dolls) continua. Jamie Foxx canta o último verso (modificado) antes do que era o refrão e...

Wyclef Jean encarna um peru para cantar algo não muito inteligível que substitui o verso "We Are The World". Provavelmente o mesmo verso dito em "haitiano" (??). E, não, não - Stevie Wonder não participou do remake, é só Adam Levine do Maroon 5. Então uma boa surpresa : P&nk substitui Steve Perry com muita emoção. Michael novamente permanece no começo da ponte e Usher carrega o tom muito bem. E o que dizer de Celine então? O verso mais escandaloso da canção agora parece mais com uma melodia e não com um susto cantado de Cindy Lauper! Fergie toma o posto de Kim Carnes, e...bem, não se compara à Dion - o que diminui a energia daquele momento, mesmo com o reforço de Celine como "backing vocal". Um coral no refrão e sem problemas. Nick Jonas canta rapidamente, mas felizmente desaparece tão rápido quanto entrou. A sumida Toni Braxton dá o seu alô, junto com alguns artistas não muito populares.

Mas é aqui que suspeitamos que a idade de Quincy talvez possa estar pesando : Lil' Wayne, Akon e T-Pain "cantam" com a ajuda de Auto-Tune e, após o final do verso, começa um rap - sim, um rap - com nomes como Snoop Dogg, Will.I.Am (que aliás, tem o dom de estragar músicas de Michael Jackson), LL Cool J, Swizz Beatz e o rei do amor ao próximo, Kanye West. Felizmente, eles cantam em coral e não é possível reconhecer nitidamente a voz de qualquer um deles. Wyclef insiste com seus berros de vez em quando, Kanye e Will arriscam mais algumas rimas "pouco" redundantes - que na verdade devem ter sido retiradas de qualquer letra de algum de seus álbuns - mas logo a música acaba com Jean perpetuando sua chatice.



Enfim, em minha cabeça, rolou um misto de decepção, irritação e questionamento - mas mais do que isso, a canção proporcionou um interessante resumo da metamorfose pela qual a música popular passou nesses últimos 25 anos.

A ausência de grandes nomes do rock mostra a falta de valor (para o mainstream) que o gênero tem nos dias de hoje. Carlos Santana é representado por sua guitarra, mas não mais que isso. E não, P#nk não é um grande nome do rock - é uma boa intérprete, mas seu punk rock (ou P!nk rock, sei lá) cheira mais a pop rock do que qualquer outra coisa. Em contrapartida, é óbvio que o hip-hop está muito presente na nova versão; a partir da participação de Jennifer H., nota-se o uso de batidas eletrônicas comuns a maioria dos trabalhos de rappers e cantoras de R&B - as quais acabam compondo mais ou menos 99.9% dos singles, porque rappers se metem em tudo quanto é buraco.

Quando Cher utilizou o Auto-Tune ostensivamente em seu álbum Living Proof, foi porque o projeto era um dance pop - até porque você pode não gostar da voz dessa cigana, mas que ela tem técnica, ela tem - porém, todos sabemos que o programa de computador é usado para habilitar (de maneira bem deficiente) pessoas que não tem muito ou nenhum talento para cantar de fato. Exemplos : rappers e até mesmo "cantores" com carteira registrada, digamos. O que era usado para remendar trechos em que os artistas não conseguiam atingir as notas harmoniosas, tornou-se um acessório quase que obrigatório para uma música ser tocada numa rádio pop - só as ditas "divas" e compositores/surfistas conseguem escapar (e às vezes não querem) do domínio que o utensílio conquistou.

Nos anos 80, tivemos os Kids On The Block; nos anos 90, Spice Girls, Take That, Britney Spears....e nos anos 2000, Miley Cyrus, Justin Bieber, Jonas Brothers. Na verdade, o teen pop nunca saiu bem de moda, mas ele nunca havia sido representado num projeto como o de Michael Jackson, Quincy Jones e Lionel Richie. Tudo aqui parece funcionar para que o single tenha o maior airplay possível - o que por um lado é bom, já que vai gerar mais renda para o Haiti. Só que por outro decepciona; o trabalho original conta com grandes gênios e ídolos da música (que, sim, já eram grandes nomes em 1985), e a expectativa era de que fosse ser igualmente icônico. Sabemos que tudo aconteceu muito rápido - os artistas já estavam em Los Angeles para o Grammy 2010 na ocasião, e a regravação da canção estava marcada antes do acontecimento do terremoto e depois foi remarcada emergencialmente - só que pensávamos que a mão de Quincy traria um belo trabalho novamente.

Pode parecer pura crítica nostálgica, mas a verdade é que o imediatismo com que estão sendo feitas as coisas e os ídolos que estamos cultivando no século XXI são a verdadeira preocupação de pessoas como eu, que amam música e querem preservá-la como uma das grandes criações da humanidade.

Aliás, já que tudo está mudado mesmo, deveriam ter chamado a Solange do Big Brother para ser a nova letrista da canção....

Como já diziam Michael Jackson e Paul Anka : This Is It!

Vídeo da canção :

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

AMR - Me Adora (Pitty)

Análise: Primeiro single do álbum Chiaroscuro da cantora brasileira Pitty. Lançado no mês de Julho de 2009.



Quem sabe se a Pitty mudasse de ramo artístico: artista plástica... Hã? Não foi ela quem fez? Ah, sabia...

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Pitty sempre foi uma artista irregular. Isso no sentido de conseguir ser cada vez mais, digamos, inconsistente musicalmente falando. Do tipo que se pergunta o que afinal ela tem para mostrar ao mundo da música. Dá pra chegar a esta conclusão ao ouvir "Me Adora", single carro-chefe do seu novo álbum.

Aparentemente, Pitty resolveu levar o conceito de seu álbum anterior, Anacrônico, muito a sério. Tanto que o arrastou para o álbum seguinte. "Me Adora" é simplesmente um tipo retrocesso, saudades de velhos tempos que deveriam estar enterrados. A sonoridade da canção tem cheiro de naftalina e mofo. Até parace que se está ouvindo alguma FM obscura com algum grupo dos anos 80 tentando soar atual. Talvez a palavra seja "sofrível".

Com relação a letra, realmente, é muito melhor do que coisas como "Admirável Chip Novo". Mas ainda sim, chega ao nível de poetas de esquina existentes por aí. Até parece que Pitty foi tirada repentinamente de férias no Caribe e teve que escrever a letra o mais rápido possível - pela qualidade da coisa, calcula-se uns 15 minutos.

Em resumo, Pitty é o tipo de artista que faz uma média de meia música boa por álbum - ela teve que lançar dois álbuns para poder fazer algo realmente interessante, no caso, "Na Sua Estante", e ela não conseguiu fazer nada melhor que isso até hoje. Logo, temos que esperar o quarto álbum para ver qual trabalho interessante ouviremos.

Bem, estamos perdidos. É isso ou o Charlie Brown Jr.! Foda isso né?

O vídeo? Tá aí...