sexta-feira, 22 de julho de 2011

AMR - My Moment (Rebecca Black)

Análise: Single da cantora norte-americana Rebecca Black. Lançado agora no dia 19 de Julho.


Este é seu momento de fugir, garota!

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Acho que é desnecessário apresentar Rebecca Black. A garota apareceu com seu vídeo "Friday" e virou um hit na internet - aliás, um tremendo meme. A canção foi chamada de "pior canção do mundo" (isso porque eles nunca ouviram nada de Sertanejo Universitário ou não pararam pra ouvir Akon ou Lil Wayne), título injusto, pois as canções do Justin Biber (com quem ela queria um dueto!) ou do Chris Brown podem muito bem tomar o posto com tranquilidade - o que dizer de uma canção que junta os dois?? Em breve...). Apesar de ter uma produção acima da média e o vídeo-clipe razoavelmente bem filmado, isso não disfarça o clima "baixo orçamento", "é o que se tem". É como vestir um mendigo com uma roupa de gala.

O fato é que a garota, mesmo após ter sido esculhambada, esculachada, esnobada, ridicularizada e ter requisitado a retirada do vídeo-clipe de "Friday" do Youtbe (com um recorde de dislikes que superou "Baby" do Biba!), continua tentando dar seguimento ao que podemos chamar de "carreira relâmpago". E a segunda empreitada é muito mais cuidadosa no que se diz respeito a noção do ridículo e "simancol".


Porém, uma coisa que ignoram e que continuam sendo complacentes (sendo muito comum aqui no Brasil, aliás) é que existem pessoas que não sabem cantar. E elas não devem ter uma carreira. Se você não tem habilitação, não pode dirigir. Se nunca aprender a pilotar um avião, não deve nem chegar perto do painel de um. Por que tem que ser diferente com a música? O Auto-tune não é uma ferramenta que habilite qualquer ser desprovido de talento vocal a cantar. Já imaginou inventarem uma ferramenta que ajude os inábeis a dirigir ou pilotar jatos? O fato é que Rebecca não sabe cantar e prova isso de maneira irritante deixando sua voz parecendo o resultado de uma cruza entre Lil Wayne e T-Pain - cara, nada de bom pode sair de algo assim, nada mesmo!

Até mesmo Justin Biba tem uma afinação verdadeira. E quando temos que colocar as coisas neste nível, é porque não há muito o que se fazer. Dentre os responsáveis pela canção "My Moment" temos caras que já trabalharam com Hillary Duff e, adivinhem? Justin Bieber. O que me leva a crer que eles com certeza basearam suas carreiras trabalhando em berçários e jardins de infância. O Pop adolescente da canção condiz com o que Rebecca tem a passar e com seja lá o que ela quis dizer com "Friday". Ela é um Bieber de saias? Não sei. Mas sendo ou não, vou parafrasear uma frase do pôster do filme Alien vs Predador: Não importa quem seja, você, eu e todo o mundo da música perde.

Pelo menos, isso aqui é muito, muito melhor do que Luan Santana - o que não é difícil, afinal o que pode ser pior que Luan Santana?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quick - Inimigos "do" HP

Já que a onda agora é Harry Potter...


Huahauhauahauhaauh...

Via minha querida amiga Giulianne que recebeu por: http://mythoughtsontumblr.tumblr.com/post/7867192245

terça-feira, 19 de julho de 2011

AMR - Coincidências 7

Saindo um pouco do "muito criativo" campo do Sertanejo Universitário, resolvi voltar para os anos 80 - até para levantar um pouco o nível qualitativo do blog, pois seria difícil (realmente muito difícil) fazer isso com o Sertanejo, enfim... Vamos para algo mais maduro!

Um grupo Pop muito famoso e incomum surgido nos anos 70 e que perduraram nos anos 80 é o Boney M. Criação do produtor Frank Farian (responsável pela farsa também dos anos 80 chamada Milli Vanilli - o Boney M foi uma espécie de "treinamento" para o que Farian faria com o Milli Vanilli).

Após grandes sucessos, como "Daddy Cool", "Ma Baker" e "Rivers of Babylon", o Boney M passou por alguns altos e baixos como a saída de Bobby Farrell (dançarino e muuuito tempo depois, vocalista - os vocais da banda eram feitos pelo Frank Farian, sendo Bobby apenas uma figura teatral no grupo). O vocalista Reggie Tsiboe foi chamado para cobrir a falta de Farrell e, mais tarde, no ano de 1984, lançaram o álbum Kalimba de Luna - 16 Happy Songs, álbum que marca a volta de Bobby Farrell, que atua junto com Reggie.


O single mais famoso e mais interessante (tirando uma versão de "In-A-Gadda-Da-Vida" da banda de Rock Psicodélico Iron Buttlerfly!), é "Happy Song". A canção é originalmente de um grupo chamado Baby's Gang, um projeto vindo da Itália que durou apenas alguns anos, e foi lançado em 1983. No ano seguinte, o Boney M gravou a canção com um outro grupo chamado The School Rebels (que não era lá muito diferente do Baby's Gang). A contribuição maior de Bobby foi um rap no meio da música, porém, as vocalistas Liza Mitchell e Marcia Barrett (a terceira vocalista, Maizie Williams, na verdade nem vocalista era, era tipo uma espécie de enfeite, assim como Bobby) não participaram da gravação, sendo substituídas ("visivelmente") por outras cantoras por algum motivo desconhecido.

(a parte em questão fica em 2:05)
Eles até passeiam por Abbey Road!

Em 1982, Michael Jackson lança um álbum que é um dos maiores fenômenos da música Pop: Thriller. Com ele, Jackson chegou ao super-estrelato e reinventou vários aspectos da música e do vídeo-clipe. Com 8 Grammys e com quase todas as canções nas paradas, Michael cumpriu a promessa que fez de que não seria ignorado com este álbum quando recebeu apenas dois Grammys pelo álbum Off The Wall.


Sad song...

O baixo sintetizado (ou sintetizador, sei lá) presente nas duas músicas são muito parecidos. Só que na "Happy Song", fica aquela sensação artificial, meio sem sentido. Isso mostra o quanto a obra de Jackson influenciou o mundo Pop na época. Desde esta canção (no final do vídeo-clipe dela, notem que um garota está vestindo a mesma jaqueta que Jackson usou no vídeo-clipe de "Beat It") até os trejeitos e estilo de James JT Taylor, vocal do Kool & The Gang, na época do lançamento do álbum In The Heart (não sei o motivo, mas "Tonight" me lembra muito algo no estilo da já citada "Beat It").

Coincidência?

Considerando a picaretagem de Frank Farian conduzindo seus projetos (o fato de Bobby e Maizie serem apenas figuras no grupo e o Milli Vanilli ser uma verdadeira farsa que foi desmascarada de uma maneira constrangedora), não duvido que ele tenha resolvido dar um Ctrl + C - Ctrl + V no espólio do Michael. Mas como os anos 80 ficaram aos pés do Rei do Pop, dá para livrar a cara de Farian dizendo que isso foi uma homenagem.

Quick - The Moonwalk

Enquanto isso em algum mercado por aí...

AMR - Beautiful People (Chris Brown e Benny Benassi)


Análise: Terceiro single do álbum F.A.M.E., do Chris Brown. Lançado em Março, alcançou #102US e #4UK.


Adivinha só o que o Google disse quando eu procurei o nome da música lá?


Hahahaha!

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E Chris Brown continua em sua jornada mágica com o objetivo de retomar as rédeas de sua carreira após um certo episódio aí que já comentei na foto acima (hahaha). E o que vemos nos baseando nos dois primeiro singles do álbum F.A.M.E. nos faz pensar que quem apanhou na verdade foi o próprio Chris Brown (fortes pancadas na cabeça, alías). "Yeah 3x" não foi tão ruim quanto foi "I Can Transform Ya" (o álbum Graffiti teve apenas dois singles lançados, tendo o restante cancelado tamanha ruindade da coisa), mas para compensar, "Look at Me Now" mostra que como cantor ele é um excelente boxeador...

No caso do terceiro single não temos algo mais animado como o primeiro nem música puxada para o Underground (leia-se: esgoto). Temos um exemplar de Electronica, House - Chris deve ter prestado bastante atenção no The Black Eyed Peas e achou que a tal mudança poderia ajudá-lo da mesma forma (mas acho que como Will.I.Am não chegou a bater em ninguém). Como Chris Brown mal canta, obviamente ele teve ajuda de quem entende da coisa para poder realizar este projeto (assim como teve uma forcinha do Polow da Don - ou "Polow da D'oh", como gosto de chamar - na canção "Forever"). Benny Benassi resolveu assumir a bronca - até porque o cara provavelmente não tinha nada mais o que fazer (tipo, desde 2002, quando lançou "Satisfaction").



E o grande mérito de "Beautiful People" (não sei se graças ao Benny Benassi) é que Chris Brown simplesmente não soa como Chris Brown. Isso é um grande ponto de genialidade! Finalmente arranjaram alguma função realmente útil ao Auto-Tune: esconder o Chris Brown - o que ele deve ter agradecido aos céus, pois gente como o Jay-Z adoraria a cabeça do rapaz numa bandeja. Como se sabe, Auto-Tune é um recurso para quem não sabe cantar, algo que ficou bem ajustado aqui. Mas como canso de dizer: quem não sabe cantar, não deveria sequer entrar em um estúdio (né? Susana Vieira?).

A produção de Benny Benassi e seu irmão Alle Benassi é algo extremamente básico, simples. Não é um projeto marcante, com algum destaque ou que você vá lembrar depois. Mais parece que foi feita uma base musical a esmo apenas para terem uma desculpa de juntar Brown e Benassi numa mesma gravação. É tipo aquele velho programa, Estúdio Coca-Cola - que pelo menos, gerava algum resultado interessante (raramente, claro).

Os tempos de glória de Brown, quando uma das piores músicas já surgidas, "Kiss Kiss", "Gimme That", "Wall to Wall", dentre outras menos cotadas e aqueles devaneios ridículos de chamá-lo de novo Rei do Pop (ele não serve nem de Bobo da Corte do Pop) se foram. E fico aqui eu pensando com meus botões: bem que o Lil Wayne e o Akon poderiam sair por aí distribuindo sopapos...