Não, ToeJam neste caso não é o personagem dos jogos de Mega Drive.
O vermelhinho!
Trata-se de uma música criada pelo BPA - projeto criado por Norman Cook, o famoso Fatboy Slim. Aqui, ele conta com a colaboração de David Byrne (do sempre inusitado, inventivo e infelizmente extinto Talking Heads) e o rapper Dizzee "Enrascada" Rascal. Porém, o que mais chamou a atenção no geral foi o vídeo-clipe da canção. Não aparecem nem Fatboy Slim, nem David Byrne e menos ainda Rascal. Criatividade sem limites!
Melhor que gente dançando em fundos brancos, claro! Fora que a música é bem legal...
Possivelmente, a primeira palavra que surge na cabeça da grande maioria das pessoas que ouvem o nome My Chemical Romance é "Emo". E não tiro a razão destas pessoas - afinal de contas, no que é que você vai pensar quando vê a figura do vocalista Gerard Way na época de "Helena"-, pois o rótulo Emo com certeza afasta muita gente que não curte lamúrias, gente se vestindo de maneiras esdrúxulas e se portando de maneira depressiva (não profunda como o Gótico). Mas o interessante é que, tirando o visual de Way, não daria exatamente para associar a banda a este estilo.
Dito isso, acho que já deu para remover uma parte do preconceito que impera sobre a banda. Não que canções como "I Don't Love You" sejam um grande cartão de visitas, longe disso. Tanto que a banda já não tem mais a mesma projeção que tinha há uns 5, 6 anos atrás. Acho que baseado nisso eles resolveram fazer canções menos, digamos, pretensiosas - e daí possivelmente nasceu "Teenagers" - que puxa a banda para algo mais Pop.
"Helena" a princípio não tem nada de distinto com relação a qualquer coisa que tocava na época ou comparando com bandas no estilo do My Chemical Romance. Começa com uma pesada guitarra rítmica e os vocais mais gritados de Gerard Way. De fato você pode ouvir isso em qualquer lugar. Mas algo nesta canção pode prender o interesse mesmo caindo na vala comum. Mas no final das contas tem de haver algo que te faça comprar o produto.
E analisando a coisa no contexto Pop, a parte mais atrativa da canção para mim (e possivelmente a parte que me influenciou em pelo menos 80% em escolher essa canção) é o refrão. É uma melancolia derramada, com uma força imensa para tentar te fazer chegar o mais próximo possível do que possa ser estar emocionado - tanto que, ouvindo, você fica com uma sensação de estar com o ouvido "cansado" pelo esforço. E, bem, é um esforço até que positivo se tratando de uma banda no meio do mar do Rock atual.
Obs: O vocalista Gerard Way é a cara do líder do The Smashing Pumpkins, Billy Corgan. Aliás, Way é superior tanto na voz de Corgan quanto com sua banda...
Análise: Terceiro single do álbum Femme Fatale, da Britney Spears. Lançado agora no mês de Junho, alcançou #22US.
Vai logo e não enche...
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E a senhorita Spears continua na sua jornada montanha-russa de qualidade musical. Sua "Hold It Against Me" teve um grande sucesso injustificado, uma amostra de como o povo norte-americano está nada exigente e uma justificativa para o sucesso arrebatador que o Rap e Hip-Hop têm na região. Se isso não é culpa da Britney ela tá longe de ser uma solução.
"I Wanna Go" lembra muito aquelas canções de artistas relativamente desconhecidos (ou que, pelo menos, você sequer faz questão de associar nomes) que saiam naqueles CDs de Dance que perduravam nos anos 90. Coisas babacas como aquele CD "O Filé do Mion", que na verdade continha coisas como CPM 22, Supla, Falamansa, Frank Aguiar e até mesmo Lady Zu! (Mion não consegue ser coerente selecionando faixas e muito menos trabalhando na TV)
Enfim. O Dance da Britney tem aquele gosto de macarrão instantâneo - com a vantagem de que o macarrão dura mais tempo e tem um gosto melhor. De fato não sei o que dá para destacar na canção, pois se tentamos falar da voz, eu me limito a dizer que Britney (ou os executivos da gravadora) ainda insiste(m) na ideia de usar aquela voz nada natural, irritante e dispensável que ela derrama em todos os seus projetos.
Se a voz dela não é (nem de longe) seu forte, pelo menos deveríamos nos divertir com a música (que já foge ao seu departamento - quando ela tentou se introduzir nesta área, veio o álbum In The Zone, que a definiu como uma espécie de cantora tipo piranha movida à marketing como a Christina Aguilera). E aí é que está: ela lançou projetos até que audíveis, como "Circus" ou "Womanizer". Mas pelo visto, isso acabou.
O vídeo-clipe tem como introdução uma espécie de crítica direta à mídia, mostrando, na verdade, que ambos não são exatamente um grande exemplo. Temos referências a filmes como O Exterminador do Futuro 2, Crossroads (filme estrelado pela própria Britney, que apesar de ter ido razoavelmente bem nas bilheterias, foi esculhambado pela crítica especializada) e até mesmo "Thriller" de Michael Jackson. Ao menos quem gosta de cultura Pop já tem o que discutir por 15 segundos na tradicional rodinha nerd...
Esta canção é indicada somente para fãs. Não vai converter ninguém nem vai fazer a diferença para que não gosta do estilo. É o velho e desgastado mais do mesmo em que time que está ganhando não se mexe, que infelizmente estende-se incansavelmente...
Obs: Sei que pareço teimoso insistindo nisso, mas... já não está todo mundo sabendo que a Britney está magra??