Mostrando postagens com marcador interscope. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador interscope. Mostrar todas as postagens

domingo, 27 de junho de 2010

AMR - Alejandro (Lady GaGa)

Terceiro single do The Fame Monster de Lady GaGa, "Alejandro" alcançou, até o momento, #8UK e #5US.


Gaga, um passarinho cagou (?) sua cabeça!

———————————————–

"Alejandro" foi produzida pelo já recorrente RedOne e escrita por GaGa e o mesmo. A letra fala sobre o fato de GaGa estar dividida entre seus amantes Alejandro, Fernando e Roberto e como a relação deles com a interlocutora se tornou insustentável e, segundo a própria , tem a ver com o tal "Medo do monstro do sexo", um dos motivos do álbum. Haja fôlego pra manter o pique com 3 homens, hein?

A canção foi categorizada como mid-tempo e rendeu algumas comparações com canções de Madonna (em especial "La Isla Bonita", de 1987) e do grupo sueco Ace Of Base ("Don't Turn Around", 1993). A primeira pelo "tema" latino ser parecido e a segunda pela semelhança do início das canções - nada muito notável, de qualquer maneira. Outro fato curioso - e muito inusitado - é que foi usada na produção um trecho de violino de Csárdás de Vittorio Monti (1868-1922), um compositor italiano - viva o domínio público!


Como sempre, RedOne deixa tudo na medida certa. Parece até que são destinados a trabalhar juntos - sempre consegue complementar as canções de acordo com a capacidade vocal de GaGa, adaptando-se ao seu estilo. O que pode nos levar a pensar : quem veio primeiro, RedOne ou GaGa?

Apesar de ser facilmente identificável como uma canção vinda da cantora, a faixa difere dos singles anteriores da mesma. Mesmo contendo o santo Electropop nosso de cada dia, Alejandro carrega um ar solene que faz pensar que GaGa estava falando sério quando escolheu o nome The Fame Monster a esse projeto. Poderíamos até, a pretexto do tema da canção, chamar a faixa de "Balada Eletrônica", o que me lembra de "Hyper-Ballad" de Björk. Balada no sentido de estilo da composição, por favor!

Há, com certeza, algumas coisas que podem quebrar esse gelo, dependendo do senso de humor de cada um : não dá pra dizer que aqueles maneirismos vocais não-anglo-saxônicos (??) no começo e meio da canção deram muito certo, pois não inspiram um ar sofrido - mais pra uma dor do tipo "bati meu dedinho na quina da cama" - além da repetição insistente do nome "Alejandro" durante a canção (Lady Gagueira?).


No final das contas, Alejandro é só um desvio temporário do "clima" de hits como Poker Face, Bad Romance e Just Dance, apesar de BR falar sobre um amor-tragédia. E se pensarmos assim, GaGa que muda o tempo todo, não é uma particularidade deste trabalho. Mesmo com uma atmosfera nebulosa, quem mostrou-se fã ou simpatizante dos singles anteriores provavelmente irá gostar da canção citada. Não é um grande projeto, é do tipo que tem muito mais valor aos fãs verdadeiros da artista. Talvez, se pensarmos bem, seja o tipo de música que só ganha força com diversas audições. Pode não ter o mesmo nível de carisma que as anteriores, mas não deixa de ser bem melhor (tanto tecnicamente como no quesito diversão) que "OMG" de Usher e "Baby" de Justin Bieber, só para citar dois exemplos.

Como em toda canção Gaguística, a interpretação das letras é quase que um esforço inútil, mas pelo menos divertida. Cada um deve pensar em sua versão da história e saber que ela muito provavelmente estará diferente da versão oficial. A minha, por exemplo, é que Alejandro, Roberto e Fernando são, respectivamente, o jardineiro, o encanador e o eletricista da casa de GaGa, só que um descobriu sobre o outro e a Haus caiu, se é que vocês me entendem.

PS : Farei um post especial sobre o clipe!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Especial - Vevo - Nova Era Da Música Na Internet?



O dia 8 de novembro de 2009 pode ter anunciado o enterro do YouTube – ou apenas mais uma tentativa frustrada de lucrar com a música na internet. O fato é que o aguardado site de música Vevo, desenvolvido por gigantes como Sony e Google (ou seja, o próprio YouTube) e que vai contar com o apoio garantido de 3 das 4 maiores gravadoras do mundo – Sony, Universal e EMI – foi lançado em uma festa na cidade de Nova Iorque com quantas celebridades se puder nomear : Mariah Carey, Bono Vox, Rihanna, Lady GaGa, Adam Lambert, Pete Wentz (tá…quem é esse mesmo?), Akon, Taylor Swift, além de dezenas e dezenas de CEOs das empresas e grupos representativos na empreitada. O grande investimento parece presságio de sucesso garantido….mas, lá no fundo, fica a dúvida : será que a monopolização da música terá espaço contra o universalismo do YouTube?




Akon, CEO da Universal Music, Doug Morris, Lady GaGa e o presidente da Interscope Geffen A&M, Jimmy Lovine - é...o negócio é sério mesmo!

Os passos do projeto estavam sendo dados muito antes de nos darmos conta, aliás : as gravadoras há muito estão lutando contra saldos negativos gigantescos por causa da “pirataria” na internet, que funciona como uma espécie de lâmina de dois gumes : ajuda a divulgar, mas faz com que as vendas de CDs e singles diminuam vertiginosamente. Um sinal no próprio site de vídeos se mostrou quando o grupo de música Warner resolveu tirar todo o seu conteúdo do Tube, devido à concorrência com vídeos postados por usuários e companhias musicais; além daquelas malditas retiradas de vídeo alegando-se conteúdo não autorizado. Então Vevo, mais que muitos outros métodos de capitalização da divulgação, como anúncios no YouTube, o advento do iTunes, o Last.fm pago, é um grande indicador de que a coisa tá ficando feia.



Doug Morris e Bono Vox

Mas o que Vevo oferece? Vídeos em excelente qualidade e conteúdo exclusivo de gravadoras, além de algumas outras empiriquitações : playlists escolhidas por artistas, as atualizações no twitter dos mesmos e outros fetiches para fanáticos. Mas ao custo de muita encheção de linguiça : o que faria o site valer a pena, financeiramente falando, é uma avalanche inacreditável de propagandas. Daquelas do tipo : seu vídeo será exibido em 9 segundos – mas enquanto isso, curta a oferta de sabão em pó! Sem contar que a tendência é as gravadoras lançarem conteúdo exclusivamente no novo site; o que já “aconteceu” com o clipe de H.A.T.E U de Mariah Carey; afinal, nossos amigos virtuais já deram um jeito de mandar o vídeo pro tubo – o qual provavelmente será deletado daqui a algumas horas…

Eu vou ser sincera : eu não faço a mínima questão de ver um vídeo na mais alta qualidade; não precisa ser na câmera de 2 megapixels também, mas o grande charme do tão consagrado YouTube é a variedade que lá se consegue : encontra-se um clipe de Beyoncé, e nos relacionados morre-se de rir com uma paródia do mesmo. Aliás, inúmeras paródias – além de entrevistas em programas, momentos constragedores do artista – e tudo postado por usuários comuns, sem compromisso com nada. Mas me diga em que planeta as gravadoras, cheias de “não me toque”s, vão disponibilizar vídeos que, sob seu ponto de vista, possam denegrir a imagem do artista? Além de ser uma espécie de funcionarismo público virtual : existem usuários que conseguem “uppar” clipes, entrevistas e aparições de músicos mais rapidamente que os próprios canais de gravadoras – e às vezes em qualidade superior. E o pior de tudo não é isso : o serviço está somente disponível para os Estados Unidos e Canadá. É claro que a perspectiva é ampliar – mas quaaaaanto tempo poderá demorar para que possamos acessar o conteúdo do site nas terras tupiniquins? Até hoje não é possível ver vídeos da MTV americana sem usar o bom e velho proxy. Bem, quem sabe alguém não acorda para a realidade dos internautas (desocupados) brasileiros, que já dominaram o twitter e mandaram Ashton Kutcher ‘chupar’ literalmente.

Duas coisas : se o site bombar, teremos provavelmente a vitória das companhias de música sobre o liberalismo da internet – à base de um tanto de repressão, diga-se de passagem. Se não bombar, é hora de um novo plano totalmente diferente contra a bancarrota da música comercial.

E a outra é : se era pra escolher entre Canadá e qualquer outro país do mundo, escolheria a Índia : a língua oficial é o inglês, os jovens curtem a cultura ocidental e o mais importante de todos : tem gente lá.

domingo, 22 de novembro de 2009

Especial - The Fame Monster (Lady GaGa)



Lady GaGa voltou, só que dessa vez com o lado negro da fama – The Fame Monster. O álbum, apesar de ter todo um conceito próprio, é, ainda assim, um complemento teórico de seu antecessor The Fame (e daí vem a semelhança quase estúpida dos nomes) : o álbum de Poker Face e Just Dance tem como temas principais os supostos lados “benéficos” da fama, como o advento da fortuna, a vida nas festas e a própria celebridade, ilustradas de dentro pra fora pelas canções Money Honey, Just Dance, The Fame e Paparazzi, entre outras; a moda é tema de todas as canções, mesmo que em segundo plano. Já Fame Monster lida com o que GaGa chamou numa conferência de imprensa de “medo de monstros” : monstro do sexo, do álcool, da solidão, do amor e etc.

E junto com a mudança de tema, vem a mudança de aparência; é no mínimo insensato chamar sua moda de “linear”, mas enquanto promovia uma determinada linha de canções, com ideologias parecidas, ela mantinha um tipo de aparência. Pode-se constatar esse fato sutil colocando a fase Beautiful, Dirty, Rich/Just Dance (transição) em contraste com a Poker Face/LoveGame. E com o advento de um novo álbum, o contraste torna-se definitivamente claro. Lady deixa um pouco de lado vestimentas glamourosas e “escandaluxo” e começa a mostrar uma moda mais dark, gótica – ou no mínimo mais bizarra.



Beautiful, Dirty Rich : algo mais clubber, até mais recatado (GaGa usava calças nessa fase!)
Poker Face : upgrade mais glamouroso, chegando a ser meio Drag…




Poker Face e Alejandro : separados por um porre?

Bad Romance


Romance é o 1° single do álbum. A faixa já faz muito sucesso em todo o mundo, estando atualmente colocada na 2ª posição da Billboard Hot 100. É uma faixa de Dance Pop, uptempo por natureza, que em muito lembra Poker Face; seja pelo arranjo, seja pela estrutura da letra (refrão, brigdes, MoMoMoMa’s e GaGa Ohh La-La’s). Tende-se a achá-la repetitiva no início, mas ouvido-a por mais 3 vezes, torna-se o mais novo hit de GaGa. Segundo declarações da cantora e o próprio tema da canção, esta faixa seria relacionada ao “monstro do amor” e apresenta duas visões que, à primeira vista, deveriam ser tratadas em trabalhos diferentes : exploração dos prazeres de um “romance ruim” e o amor livre de barreiras por seu melhor amigo. Amor esse tão grande que quer explorar até os aspectos mais aterrorizantes e grotescos da vida do ser amado. É o que ela diz em versos como :

I want your ugly
I want your disease
I want your everything
As long as it’s free
I want your love
Love, love, love I want your love


Enquanto a letra parece retratar o lado romântico com mais atenção, o clipe tende a mostrar o lado efêmero de uma aventura amorosa; mas de qualquer maneira, em se tratando de GaGa, as possibilidades são muitas.

Alejandro



Alejandro ainda é aceitável para as pistas, quem sabe com um remix – mas já tem um foco mais melancólico. A partir daqui, as semelhanças com The Fame decrescem progressivamente (com grande excessão de Telephone). A canção parece tratar de um amante/namorado possivelmente ciumento, agressivo ou injusto – ou até mesmo os três juntos – e diante desse drama, a pessoa no outro extremo da relação tem que tomar uma decisão. Sua letra chega a tornar-se mais interessante que a melodia – talvez com um clipe interessante, venha a tornar-se single.

Monster


Talvez a canção mais simbólica do álbum, é uma das mais chocantes também. Parte do bridge :

We might’ve fucked not really sure, don’t quite recall



Bom, já que ela acha que transou com o rapaz mas não lembra, podemos supôr que esse seja o/um dos “monstro do álcool” ou do “sexo" mesmo. Uptempo novamente, reconhecemos no fundo o auto-tune de Space Cowboy, um DJ que acompanhou GaGa em sua Fame Ball Tour, que volta como produtor dessa faixa e de Dance In The Dark. Monster encontra-se na situação da canção anterior; o ponto forte do trabalho é a letra e não a melodia. Essa faixa parece tratar de uma atração irresistível por um Bad Boy, do qual GaGa tenta resgatar alguma lembrança. Tive que dar uma editada nessa canção, pois a cantora falou do que se trata a letra : um homem com um pênis anormalmente grande. Pois é, e eu sendo toda romântica aqui! Então já sabemos o que ela quer dizer com estes versos :

That boy is a monster
M-M-M-Monster

Speechless


A canção é uma “exceção” no contexto do álbum; o arranjo é baseado no piano e uma guitarrinha básica – o que já destoa incrivelmente do ritmo frenético das faixas anteriores. Podemos até dizer que a música vem de Stefani Germanotta – pois trata de seu pai. Destacando sua criação como um dos momentos mais importantes de sua carreira, Speechless fala de uma suposta abdicação de seu pai perante a vida, o que teria deixado GaGa – ou melhor, Stefani – sem palavras. A cantora alegou que, em certo ponto de sua doença do coração, o pai decidiu viver "ao Deus dará". Em certo ponto da música, a cantora questiona se sua desistência o salvaria de seu estado crítico. O contexto da faixa e seu arranjo mais intimista tornam este um dos momentos mais iluminados do álbum – momento no qual possamos talvez identificar o “monstro da solidão” ou mesmo do “amor” – afinal, amor entre familiares é (quase sempre) essencial e natural.

Dance In The Dark


O Dance Pop volta com tudo nessa faixa, que nos lembra aquelas musiquinhas de máquinas de Pump, à la Cascade – a diferença é que a canção não chega a ser tosca. Não a vejo com um potencial a single tão grande assim, mas quem sabe. Gaga declarou que a canção é sobre a insegurança de garotas na cama - que a própria cantora tem, segundo a mesma. Aí a "dança no escuro", onde ninguém as vê - sem luz, elas podem liberar toda sua libido sem serem julgadas. Obviamente é um "monstro do sexo" e muito provavelmente um "da solidão" também.

Telephone


Agora sim : se pudesse apostar em alguma música desse CD depois de Bad Romance, com certeza seria Telephone. E pelo que parece, os casting do álbum também; a canção conta com colaboração de seis pessoas, entre produtores e cantores – incluindo Beyoncé. A faixa parece ser a versão GaGa da música Video Phone, à qual a cantora prestou serviços. Bem toscos, diga-se de passagem. A diferença entre elas é que a sua versão ficou 40 milhões de vezes melhor do que a de Bey, apesar de a letra ficar no campo das boates mesmo – esta fala de alguma pessoa bem chata que insiste em ligar enquanto GaGa e sua trupe estão batendo cabelo loucamente numa pista de dança qualquer.

So Happy I Could Die


Novamente com Space Cowboy, So Happy I Could Die continua com o clima de buatshy e parece explorar novamente os "monstros do sexo" e "álcool" :

I love that lavender blonde
The way she moves
The way she walks
I touch myself can’t get enough


Parte do refrão :

Happy in the club with a bottle of red wine
Stars in our eyes ‘cuz we’re having a good time



Mesmo com todos os recursos empregados, a faixa tem um clima de êxtase misturado com melancolia, como se a cantora estivesse totalmente bêbada – portanto, “nas nuvens” (eu espero, pelo menos) – mas com a sensação de decadência de quem capota no meio da pista pela tontura (quem já não fez isso? haha). O "Good Time" de GaGa ainda inclui alegadas sessões de masturbation - espero que não no meio da boate.

Teeth


Parece que GaGa se encontrou com um Apache para compor o arranjo da música. Nessa faixa, o produtor deixa o botão “balada” do sintetizador descansar um pouco; mas de qualquer maneira, a canção é uptempo e é a mais divertida do álbum, no sentido inocente da palavra. Já a letra revela que a faixa é tudo menos pura :

Don’t be scared
I’ve done this before
Show me your teeth
Don’t want no money (want your money)

That shit’s is ugly
Just want your sex (want your sex)



Basicamente é sobre uma GaGa sedenta por, provavelmente, uma noite de sexo (jura?). Palavras como “amor” e “religião”, encontradas na letra, não devem ser interpretadas literalmente, dada a efemeridade aparente da situação. Não tem muita cara de single, pois é muito brincalhona – não leva muito o rótulo “vamos dançar” – mas quem sabe qual será seu destino…

Concluindo, as 8 faixas tendem a ir para um lado mais selvagem, cru, ignorante da “fama” (mais pra “vida” do que “fama”), mas não perdem em qualidade por isso. Novamente, a liberdade das letras e os aspectos visuais dos trabalhos de GaGa chamarão mais a atenção e trarão mais novidades do que os arranjos musicais em si. Talvez nos seja necessário mais tempo para a adaptação à nova fase – O lançamento de The Fame tem pouco mais de um ano e o estilo já está mudando! Mas, ao meu ver, um dos anos mais importantes para a música Pop e a Mainstream em geral. Um ano de transformações velozes, só para os que podem (e os que não podem, viram sub-artistas reciclados, como Jennifer Lopez mostrou ser em seu último single), que se concretiza como uma forma de arte atualizada – algo como o Pop 2.0.

Não se pode decidir hoje se o caráter dos acontecimentos é bom ou ruim - e também não é tão simples assim - mas se nos basearmos no fato que a evolução só vem com a mudança, possivelmente estamos indo longe com a Gaguíssima.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

AMR - Video Phone (Beyoncé e Lady GaGa)


Video Phone é o 8° single do álbum I Am…..Xuxa Fierce, de Bundoncé. A canção traz de volta um pouco da sensação de Diva; uma canção meio esquisita, que te dá a impressão de estar no meio de muito ácido…se é que vocês me entendem. A letra não traz nada de novo – aquela velha história do jogo de sedução numa “buatshy” – mas o destino da faixa era a balada mesmo, então tudo bem. Ok, chega de encher linguiça – vamos falar do que eu realmente queria – o clipe.

O clipe dessa música é uma das coisas mais toscas que eu já vi na minha vida; e olha que eu já fui viciada em rap, música japonesa, música country e Mariah Carey. Pra começar, o clipe é muito pobre : daria uma voadora em cada um que concordou com a ideia de usar arminhas d’água num clipe de uma suposta “Diva”. O vídeo como um todo não inova em nada e não diverte. Ambientação batida (fundo branco) e tema mais ainda. E o que falar desses homens-taradões-câmeras-robôs? Parece um infeliz retorno de Beyoncé aos tempos de Dangerously In Love. Agora – se fosse só ela, tudo bem, mas não – minha amada Lady GaGa fez questão de se juntar à festa do caqui.

O 11° mandamento deveria ser promulgado por ocasião dessa catástrofe : não farás um videoclipe sensual junto de Beyoncé. Nunca, jamais. Ninguém nem vai te ver. Meus queridos : GaGa parece uma aidética ao lado de Bey. A única protuberância em seu corpo é seu nariz – e isso não é legal. Parece uma daquelas propagandas da Polishop, com o antes e o depois. Knowles é o depois, claro : depois de muito Sol, macarrão e Brooklyn. GaGa tem sua sensualidade, e ela faz questão de mostrar isso com bastante frequência; mas com seu próprio estilo. Uma vez que Stefani Germanotta digivolveu para Lady GaGa, não há como voltar atrás. Nenhuma roupa “normal” trará o mesmo fascínio que seus “gaguismos”.

Por fim, há ainda quem diga que o penteado com franja que Bey usa em uma parte do clipe é uma homenagem à Bettie Page, modelo de pin-ups dos anos 50. Consultamos Bettie e esta foi a sua declaração :


- Me erra, Beyonça!


Bom, agora nos resta avaliar o contra-ataque de GaGa : a canção Telephone.


Que Deus nos proteja…

domingo, 2 de agosto de 2009

AMR - Warning (Eminem)

Recapitulando : há algumas semanas atrás, Mariah Carey lançou o single Obsessed, o qual comentei anteriormente. Nele, a cantora se defende/ataca um suposto indivíduo que estaria obcecado por ela. Mariah desmente a suposição de que o tal obcecado seria o rapper Eminem, mas os acontecimentos começam a provar o contrário. Ou que aconteceu um grande, enorme, gigantesco mal entendido.

Eminem tem a fama de ser incrivelmente desbocado, sincero, rude, drogado e se for necessário acrescentar, maluco. Quando ouvi a canção, fiquei até com medo. Não se equipara ao nível das descrições realizadas por Mariah; nem na aparente autenticidade nem na grosseria. Não se equipara nem com raps anteriores em que ele já atacava uma suposta falta de honestidade e cabeça no lugar de MC – até Nick Cannon, seu marido, cai na malha fina. Eminem a ataca de todos os lados, contando detalhes de supostas relações sexuais, alcoolismo e atitudes incoerentes da parte dela, que conta até com (sempre supostos) telefonemas gravados com a voz de Mariah. Leia a letra da canção, que não vou postar aqui diretamente por ser um tanto quanto de mau gosto, e tire suas próprias conclusões.

Espero que tudo dê certo nessa história… a última vez que eu vi uma briga séria entre duas celebridades da música – Notorious B.I.G. e 2Pac – os dois acabaram mortos.



sexta-feira, 1 de maio de 2009

Especial - Lady GaGa

Quando você acha que seu senso de ridículo está prestes a explodir, você encontra uma pessoa assim:


lady-gaga-rwp-000704

Lady GaGa (Stefani Joanne Angelina Germanotta…ufa) é uma cantora de dance/eletro-pop que ganhou notoriedade no primeiro semestre de 2008, com a canção Just Dance e, como percebe-se pela foto, pelo seu estilo excêntrico. Frequentou o mesmo colégio (católico) que Paris Hilton, na cidade de Nova Iorque (e isso me faz pensar se nesse lugar tem algum tipo de droga no bebedouro). À esta altura do campeonato, devem ter trocado a foto do capeta lá da sala de penitência por uma dela.

Seu estilo musical é basicamente o dance pop, com poucos elementos que não tenham sido notados em outros artistas “de balada”; com canções extremamente viciantes, mas novamente nada de novo. A importância que esta pessoa possa talvez ter na sociedade não vai ser por conta de batidas inovadoras, ou mesmo de letras brilhantes (deixe-se claro, não passam nem perto disso), mas provavelmente na perspectiva que temos a respeito do que é cantado e pensado no mundo a que ela nos expõe.

Lady G. canta sobre o que nossos pais mais detestam que saia de nossas bocas – ou entre, depende da perspectiva – a vida da night; incluindo moda, festas e….sexo casual. Sim – sexo, pura e simplesmente – e diga-se de passagem, sem qualquer inibição. Da canção Lovegame :

Let’s have some fun, this beat is sick
I wanna take a ride on your Disco Stick.
Espero que não precise explicar o que é Disco Stick.
Mas isso não é suficiente para diferenciá-la de qualquer coisa no intervalo Britney Spears ~Pussycat Dolls . Aliás, nem sei se há uma diferença profunda entre elas.

A diferença que percebo em GaGa é que ela, ao invés de todas as outras(os), vive o que canta – e não tem vergonha nenhuma em demonstrar isso. É, genuinamente, seu estilo de vida. Em uma entrevista próxima ao dia dos namorados, uma repórter a indagou : Qual seria um dia dos namorados perfeito para você? Lady : Uma boa fod* e muitos carboidratos. Eu não consigo imaginar Britney Spears falando isso pra um repórter, a menos que estivesse completamente bêbada.

Lady, antes de assinar com uma grande gravadora, fazia bicos em boates de NY e tinha números de go-go dancing um tanto quanto “inusitados” com vários amigos um pouco mais inusitados ainda. Desenvolveu durante esse tempo um senso de estilo emprestando elementos “trash/glam”, algo como David Bowie + Cindy Lauper + Peruca (Cher?) + muitos Disco Sticks alocados sabe-se lá aonde. E o resultado é o que se vê em suas aparições e apresentações. Segundo a própria, ela escreve canções “já pensando no que vai vestir”, incorpora a “moda” (ou sei lá o que) em seu objetivo como artista. Tem, inclusive, uma equipe criativa chamada The Haus Of Gaga, que a auxilia em vários processos da criação da imagem Lady GaGa.

Não que seus temas e estilo de vida sejam ou deixem de ser dignos, mas o ponto aqui é – temos finalmente um artista realmente comprometido e consciente do que está fazendo, propondo lançar uma imagem e não criar uma contradição – no estúdio cantar sobre ser Atoladinha e em casa botar as crianças para dormir com um conto de fadas. É uma brisa fresca, realmente. Ou um golpe de marketing muito bem dado. Mas isso, só o tempo dirá.

Enquanto isso, Let’s Just Dance :



Obs : Se alguém quiser saber, o Akon, que assinou Gaguíssima para seu selo, dentro da gravadora Interscope, está no vídeo…não que isso importe também..