Temos muitas músicas compostas por aí que exaltam algum tipo de coisa. Algum objeto de desejo, um sentimento... Nomes duplos (ou triplos) são uma excelente maneira de mostrar isso. "Gimme Gimme Gimme" do Abba, por exemplo. Mas temos alguns abusos em certas substâncias. Tex Williams que o diga...
Nome do single: "Smoke! Smoke! Smoke! (That Cigarette)"
Ano de Lançamento: 1947
Estilo: Country
E parece que nosso cantor Country Tex Williams tem uma paixãozinha por fumaça tóxica e câncer. Ele é uma espécie de Wolverine a favor do tabaco. Talvez fosse mais compreensiva a capa se fossem cigarros de... marijuana. Mas cada um com a sua "obsessão"!
Análise: Primeiro single do álbum X, do Chris Brown. Lançado em Abril de 2013, alcançou #52US e #23UK.
Do Boxe ao Kung-Fu?
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Muitos artistas acabaram, por escolhas errôneas e atitudes impensadas (idiotas), jogando suas carreiras no limbo, na lata do lixo. Sem grandes chances de recuperação, eles amargam fracassos ou não conseguem mais o sucesso de outrora. No rama da atuação, podemos citar dois exemplos que penaram muito até conseguirem se reerguer: Robert Downey Jr (O Homem de Ferro) e Mickey Rourke (que atuou com Downey Jr no segundo filme da saga do herói da Marvel). Ambos se conduziram de maneira inadequada, mas conseguiram dar a volta por cima. Na música, David Bowie quase morreu pelo vício das drogas, mas se livrou. O álcool quase matou Eric Clapton. Já quem não conseguiu se recuperar: Milli Vanilli simplesmente enganaram o mundo, e todos os lados envolvidos nunca conseguiram reaver qualquer traço do que já haviam conquistado. Netinho de Paula desceu a sova em sua ex-mulher e terminou de esmorecer sua já combalida carreira.
E no meio deste balaio, temos Chris Brown. Brown que teve um início bom de carreira, tendo seu single de estréia, "Run It", no primeiro lugar nas paradas (feito realizado por poucos, o último havia sido Diddy com "Can't Nobody Hold Me Down" em 1997). Conquistou 10 singles no top 10 Norte Americano e 8 no top 10 Inglês. Enfim, passos grandes para uma carreira precoce de um garoto de 16 anos - com direito até mesmo a uma relação com outra estrela jovem e promissora (que foi o princípio do fim).
Poderia ser o início de um relacionamento meteórico como o de Beyoncé e Jay-Z. Mas Brown teve a brilhante ideia de descer a sova na Rihanna. Resultado? Com razão, Chris foi escrachado por todos os lados e sua carreira nunca mais foi a mesma. Seus dois primeiros álbuns venderam nos EUA uma média de 2 milhões de cópias. Após a agressão, o que vendeu mais não passou de 1 milhão (tivemos a vergonhosa marca de 360 mil cópias por Graffiti, primeiro álbum lançado após o escândalo - que mesmo sem esta confusão, teria vendido mal pois é de uma ruindade atroz). Neste ínterim, Rihanna teve sua carreira em ascensão, fazendo cada vez mais sucesso. Brown foi capaz até mesmo de se envolver em confusão (com direito a lesão corporal) com outros artistas: em ocasiões diferentes, Drake e Frank Ocean. Afinal, é muito inteligente da sua parte sair batendo nos outros quando já se carrega um peso enorme nas costas por ser um agressor de mulheres.
O fato é que, tirando alguns posições até que boas considerando a situação, Brown está bem em baixa na sua carreira. Mesmo a retomada de seu relacionamento com Rihanna (que pelo visto, no fundo, gostou da sensação de saco de areia que o namorado lhe proporcionou), as coisas não parecem boas para ele. Seu último nº 1 nas paradas do Tio Sam foi em 2007 (a repulsiva e cretina "Kiss Kiss") e os trabalhos lançados nos últimos álbuns tem tido um tom inacreditável de suicídio comercial, sendo uma pior que a outra. Resta-nos a curiosidade de saber o que virá com o novo álbum, X e o novo single, "Fine China".
Pagode agora?? (qualquer semelhança com o Netinho de Paula...)
Bem, surpreendentemente, sou obrigado a reconhecer que esta é a melhor canção de Chris Brown desde "Forever" de 2008! E isso definitivamente não é pouca coisa: é como um pobretão ganhar na loteria acumulada. Com produtores desconhecidos (sem gente como Swizz Beatz), a coisa toda soou muito melhor do que costuma ser. Dá de fato vontade de dançar, e tirando o falsete horrível, área que Brown não tem qualquer domínio, sua voz nem está irritante como de costume. E a imitação dos maneirismos vocais de Michael Jackson não soam nem como homenagem nem como diferencial: simplesmente fora de lugar.
A canção não é ruim, o que é um grande lucro para Brown (embora a canção não tenha chamado a atenção e possivelmente esteja a caminho do limbo). Parece que Chris Brown (ou seja lá quem o agencie) percebeu que o caminho que ele trilhava era ridículo e inócuo. Um passo a menos para o suicídio comercial.
Destaque para certos pontos do vídeo da canção:
1 - O pai da garota mostra-se muito reticente e preocupado com sua relação com o personagem de Brown. Não é sem motivo: a filha dele tá saindo com o Chris Brown! Tipo, ele deve ler jornais e deve ter visto a cara da Rihanna depois de um encontro com ele...
2 - Inacreditável um clube dançante como o que apareceu no vídeo ter um leitor ocular!!
3 - O vídeo mais aparece uma cópia forçosa de "You Rock My World". Coisas como "a garota proibida", "a briga no local", "sair dançando por todo o lugar". Brown mais aparece um destes imitadores de quinta categoria que andam por aí...
Análise: Teceiro single do álbum The Truth About Love, da P!nk. Lançado em Fevereiro de 2013, alcançou #1US e #2UK.
Dê-me uma razão para o penteado "Cebolinha" da P?nk...
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E a roqueira Punk Pop com o nome artístico mais gay da categoria, P!nk, continua firme e forte. Apesar de ainda não ter consegui repetir o grande feito que o álbum Missundaztood (seria necessário juntar as vendas dos quatro álbuns sucessores [Try This, I'm Not Dead, Funhouse e The Truth About Love] para superar a marcada de 13 milhões de cópias alcançada por ele), que trouxe as ótimas "Get the Party Started", "Don't Let Me Get Me" e "Just Like a Pill", Pink continua produzindo bom material. E também sendo uma das melhores vozes já surgidas nos últimos tempos - infelizmente a concorrência é pequena demais para traçarmos paralelos.
Desde a crítica feita às patricinhas fúteis em "Stupid Girls", passando pela escrachada aos homens em "U + Ur Hand", até a divertida "So What" e a tensa "Sober", P%nk tem provado ser uma das artistas que realmente merecem esta, digamos, classificação. Deixa comendo poeira nomes como Chris Brown e James Blunt - apenas para citar dois, um deles um dos piores surgidos nos últimos tempos. Em todo projeto que lança, ela sempre mantém a atenção e o interesse fixos. Mas, e o que temos desta vez pode manter o padrão de qualidade ou vai ser um belo tropeço?
O novo single é uma balada romântica. Não é lá o estilo do qual P$nk é especialista. "Who Knew" era interessante, mas longe de ser algo grande para ela. De qualquer maneira, a performance vocal dela e de ate Ruess (o vocalista da banda Fun, que também escreveu a canção com a P!nk) é muito boa (na verdade, dele é meio forçada e caricata, mas ela equilibra). A propósito, esta canção parece muito um projeto do Fun. Provavelmente por ser o mesmo produtor em ambos os casos. Apesar disso, de parecer uma reciclagem de material da banda e denotar um pouco de falta de criatividade, é uma boa canção, mas nada mais. Fora que em alguns momentos a melodia vocal lembra bastante algumas partes de "You're So Vain" da Carly Simon... "Raise Your Glass" foi mais impactante e interessante. De qualquer maneira, o mérito foi merecido. Pink está em alta e merece isso. Só espero em breve mais material divertido e mais agitado em seu acervo. "Stupid Girls" ainda é bem atual!
"Rihanna cancela restante da turnê norte-americana por problemas de saúde"
Ossos quebrados? Músculos doloridos? Dores de cabeça? Eu bem que falei que não era uma boa voltar com o Chris Brown... "Vocalista do NX Zero se diz surpreso por banda não estar no Rock In Rio 2013"
Ele se diz surpreso. O público se diz aliviado. "Beyoncé e Jay-Z se tornam o primeiro casal bilionário no mundo da música"
Um casal de negros em uma posição de prestígio e poder no mundo. Como diria o Rafinha Bastos: chupa Hitler!