"Produtor Deezle processa gravadora de Lil' Wayne em US$ 20 milhões"
20 milhões de dólares por ter ouvido esta merda até que foi pouco...
"Duran Duran diz que trabalhar com Timbaland foi um pesadelo"
Eu imagino. Mais um pouco e o álbum Red Carpet Massacre que Timbaland produziu para a banda seria um projeto tipo "Timbaland featuring Duran Duran" ou "featuring a New Wave band".
"U2 desbanca turnê dos Rolling Stones"
A turnê "360", do U2, que já é a mais bem sucedida da história, acaba de superar mais um recorde de bilheteria...
Bem, agora o Bono não precisa mais ficar alugando o avião para os outros nem apelando para duetos por aí!
Análise: Canção tirada do álbum The Union, feito da parceria entre Elton John e Leon Russell, agora em 2010. Indicado ao Grammy de Melhor Colaboração Pop com Vocais.
Ho-ho-ho!
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Bem, primeiramente, vamos falar sobre a figura de aparência mitológica e de barba polpuda e abundante chamada Leon Russell. O músico é mais conhecido por seu trabalho como músico de estúdio para vários artistas como Willie Nelson, Ringo Starr, George Harrison, Frank Sinatra, Rolling Stones, Eric Clapton, Jerry Lee Lewis, Bob Dylan, entre vários e vários outros. Russell inclusive integrou uma equipe de músicos comandada por Phil Spector (lendário produtor que deu uma força para os perdidos Beatles do álbum "Let It Be", criador da técnica de produção musical conhecida como Wall of Sound - detestada até a morte e com razão po Paul McCartney pelo seu uso na canção "Let It Be" e atualmente preso, condenado a 19 anos de prisão pelo homicídio da atriz Lana Clarkson, em 2007). Além de tocar e cantar, tornou-se um proeminente compositor. Seus maiores sucessos, até o lançamento do álbum The Union foram o álbum Carney e dele o single "Tight Rope" (#2US e #11US, respectivamente).
Já Elton John simplesmente dispensa qualquer apresentação. Porém, baseado nesta ocasião, tenho que fazer um comentário: Elton John (cujo verdadeiro nome é Reginald Kenneth Dwight) é um artista ativo (ou passivo, sei lá) desde meados dos anos 60 e, geralmente, artistas com esta longevidade artística demonstram ou cansaço ou um esgotamento de sua veia artística e poética, o popular "já deu o que tinha que dar". Porém, Elton, assim como Stevie Wonder com seu último álbum de estúdio, A Time to Love, de 2005, mostrou que apesar de não produzir mais grandes singles para figurar nas principais paradas, ainda tem o que dizer e tocar. E até mesmo no quesito Pop, Elton conseguiu colocar nas paradas grandes hits em 4 décadas diferentes. Feito realizado por poucos artistas como Michael Jackson e Bee Gees.
A colaboração entre estes dois pianistas (que poderia ser chamada de "Elton John encontra Papai Noel" ou "A Criação de Adão") é sintetizada por uma citação recente de Elton John a respeito deste projeto: "Eu não tenho mais que gravar canções Pop". Ou seja, Elton já fez o que tinha que fazer neste campo e agora procura uma vertente mais conceitual, mais artística. Geralmente transições deste tipo fazer o artista se perder e perder uma identidade, mas acredito que Elton, por sua competência como músico, tenha capacidade de transcender sem problemas. O difícil mesmo de ser sair do conceitual para o Pop (desastradamente tentado pela banda de Rock Progressivo Gentle Giant - o que acabou com sua carreira - mas feito com sucesso pela também banda de Rock Progressivo Genesis, do agora aposentado Phil Collins).
De fato pouca coisa Pop se encontra em "If It Wasn't For Bad", mas isso não significa que seja uma peça chata de uma máquina de conceitos para pseudo-intelectuais, como muitos gostam de tachar projetos do tipo. Fãs de Elton com certeza aprovaram esta canção e os fãs de Leon também podem se deleitar do projeto. Do nada me lembrei de uma canção do Elton, de 1970, vinda do seu segundo álbum, Elton John - "The King Must Die" também tá longe de ser Pop é pode ser igualmente admirada.
Fãs de Elton John, Leon Russell, Stevie Wonder e vários outros artistas, um recado: eles podem não estar mais em evidência como antes, mas com certeza ainda estão ali, e este pouco destaque na mídia atual só os deixam com um gosto especial, um plus chamado exclusividade. Fica a dica.
Hits: "Poison Prince", "Mr Rock & Roll", "This Is The Life"
Hit da Jukebox: "Ths Is The Life" (2007, #2UK)
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Amy Macdonald é uma cantora que aprender música por conta própria pegando o violão de seu pai. Inspirada em uma banda de Rock Alternativo chamada Travis (da interessante "Sing") - uma fonte de inspiração peculiar e muito interessante, aliás. Com alguma habilidade considerável na bagagem, a moça saiu tocando em pubs com apenas 15 anos. Depois de mandar as demos "Mr Rock & Roll" e "This Is The Life" para algumas gravadoras, Amy conseguiu um contrato com a Vertigo.
Em 2007, sai seu álbum de estréia chamado This Is The Life. E foi dele que saiu seu cartão de visitas, a canção "This Is The Life". O álbum vendeu 3 milhões de cópias e o single chegou em segundo nas paradas da Inglaterra. Foi uma interessante estréia para uma garota de, até então, 20 anos de idade.
Sua pegada ritmada e constante marcam uma característica tanto nesta faixa quanto na "Mr Rock and Roll" - é algo alternativo e bem interessante de se ouvir. Com um dinamismo legal e nada muito sintético como muitas "musas" do alternativo por aí realizam.
Ela não conseguiu o caminho mais mainstream que artistas como Lily Allen percorreram, mas ao menos não precisou, sei lá, ser apresentadora de talk show e sair metendo a boca em todo mundo para poder aparecer e se consolidar. Tá, tá bem, ela não tá exatamente consolidada. Mas está no caminho certo. Se seu som tivesse alguns elementos mais sintéticos ela com certeza poderia ser confundida com algo dos anos 80.
Os últimos trabalhos dela não têm tido grande destaque, mas ela é jovem (atualmente com 23 anos) e uma carreira recente. Se Roy Orbison demorou cerca de 25 anos para produzir um hit relevante (foi mais ou menos esta a distância entre "Pretty Woman", de 1964, e "You Got It", de 1989), Amy ainda pode surpreender e lançar algo tão cativante e interessante como este hit - só espero que não caia no lado comercial sem-graça.