Análise: Primeiro single do álbum Lotus, da Christina Aguilera. Lançado em Setembro de 2012, alcançou #34US e #16UK.
E ela continua insistindo nisso...
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Christina Aguilera, a única coisa que prestou saída do Clube do Mickey (tendo dentre os pares Justin Timberlake e Britney Spears, fica fácil) é uma excelente cantora. Sério. Especialmente se comparada com muitos de sua geração, que começaram na mesma época que ela. Tem uma voz bonita e potente, sem precisar de recursos artificiais para conseguir algum tipo de atenção. É, de fato, uma cantora (ouviu, Demi Lovato?).
Ela lançou várias canções consideráveis no mundo Pop, como "Genie in a Bottle" (1999, single de estréia que ficou em primeiro lugar nas paradas dos EUA e da Inglaterra), a bela "I Turn to You" (2000) e a tocante "Beautiful" (2002). Porém, ela foi direcionada pelo marketing a se portar como uma tradicional vadia do mundo da música bem ao gosto de Madonna. Resultado? O álbum Stripped (#2US/#2UK) vendeu mais de 10 milhões de cópias (não tanto quanto o homônimo de estreia, que chegou ao número expressivo de 17 milhões de cópias, mas ainda bom resultado), sendo sua época de maior exposição. Após 4 anos, ela volta com Back to Basics (#1US/#1UK), onde deixa a persona vagabunda de lado e se concentra em qualidade musical. No quesito qualidade foi muito bem, mas fraco comercialmente, com 4 milhões de cópias pelo mundo - apesar de liderar nas paradas.
Sentindo que a fase lasciva fazia falta nas vendas, em 2010 é lançado o álbum Bionic (#3US/#1UK), sendo puxado pelo single "Not Myself Tonight". Aqui ela faz um reload da fase Stripped, porém muito pior, de mal gosto redobrado. As vendas foram as piores até então, sendo que nos EUA não passou a faixa de 500 mil cópias e na terra da rainha sequer 100 mil. Números ridículos se comparados com um álbum de estreia tão bem sucedido. Dois anos após isso, Lotus soa como uma tentativa de erguer sua carreira. E o que ela tentou desta vez? Temos uma Aguilera ainda com a voz impecável, mais contida sexualmente (especificamente comparando com "Not Myself Tonight") e se utilizando da Electronica de uma maneira mais amena. Ou seja: ela abriu mão da putaria imperante, mas manteve um pouco da sonoridade (embora de maneira diferente do que vinha fazendo), apostando na máxima que diz que "em time que está vencendo, não se mexe". O problema é que no meio deste ping pong entre algo mais agressivo e sexual e algo diferente deste campo, Christina acaba perdida, sem grande interesse - excetuando fãs incondicionais. A canção apenas recebe o ônus da dúvida, tal esta que só esperando para ver (e ouvir) o que pode vir a acontecer - muito longe das grandes canções a levaram Aguilera à consagração. O Mickey deve estar profundamente desapontado...
Artista: Natalie Imbruglia Origem: Austrália Hit da Jukebox: "Torn" (1997)
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Provavelmente você deve conhecer esta canção. Algum dia você deve ter ouvido este refrão e cantarolado juntos. Canção esta imortalizada por Natalie Imbruglia, na verdade não foi grava em primeira mão por ela. Ou seja: trata-se de uma cover. Muito bem sucedida por sinal. Um pouco da história dela:
A banda que interpreta originalmente a canção se chamava Ednaswap, e era mais centra no Rock Alternativo e relacionados. Criada em 1993 por Scott Cutler, Anne Preven, Rusty Anderson, Paul Bushnell e Carla Azar. A vocalista Anne Preven juntou-se à banda posteriormente (Preven diz que quis se juntar ao grupo depois de sonhar que era componente de um banda de mesmo nome - um tanto improvável e engraçado). A banda se desfez em 1999, após o lançamento de três álbuns.
A canção "Torn" (escrita em 1993, antes da formação da banda) foi lançada no álbum de estreia, Ednaswap, de 1995 e no segundo álbum, Wacko Magneto. A primeira versão, de 1995, contém 4:23 de duração, enquanto a versão de 1997 tem 3:58 - a diferença entre as duas está em alguns efeitos vocais e guitarras. Após a canção ter sido lançada em single no ano (segundo single da carreira, após "Glow", do mesmo ano), a banda quis relançar a canção como single do segundo álbum. Porém, no mesmo ano, Natalie Imbruglia gravou sua versão (uma artista entre vários que também interpretaram a canção), que foi um imenso sucesso (inclusive sendo seu single de estreia). Tendo a canção estourado com Imbruglia, o Ednaswap acabou decidindo deixar "Torn" sem um lançamento, pois seria totalmente ofuscado e comparado. Não muito depois (1999), a banda se desfez, pois o último álbum, Wonderland Park, não conseguiu chamar a atenção.
Foi este single que catapultou Natalie para a fama. Este também é seu maior sucesso e, mundialmente falando, o único. Outros trabalhos foram moderadamente bem nas paradas, mas nenhum a nível mundial. Natalie também se dedicou ao cinema e antes da música já trabalhava na televisão. Porém, nunca consegui se dissociar da popularidade entrelaçada com o single "Torn".
Em comparação, a versão da Natalie é muito melhor e mais viável comercialmente, pois a versão original da Ednaswap é realmente o que se pode chamar de Rock Alternativo, mas bota alternativo nisso. A propósito, a segunda versão é a melhor, sendo mais "limpa", um pouco mais agitada. A versão cover dispensa comentários: foi um grande hit e uma canção realmente muito boa. Tanto na produção do Phil Thornalley (que curiosamente produziu as duas versões, original e cover) quanto os vocais da Natalie. Um clássico dos anos 90. Ednaswap (versão 1997):