quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Especial - VMA 2009 - Parte 1


Homenagem de Jackson pra Jackson

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Bem, tivemos recentemente mais um VMA (não que isso seja algo ruim, principalmente se comparado com aquele circo feito aqui no Brasil, chamado VMB – Vídeo, Música e Bananas?). Agora, o que realmente muda, difere um pouco as coisas, é a ausência de um dos artistas mais importantes (se não o mais) da história da música e da própria MTV: Michael Jackson.

Tristemente o mundo perdeu o mentor/padrinho musical de muitos, um artista completo, um talento puro, nato e, acima de tudo, um grande ser humano. É impossível negar a força e influência de seu legado musical que vem desde os tempos de sua “boy band”, o Jackson Five, passando pela fase adulta do grupo, o amadurecimento de Michael, Thriller e todas suas revoluções musicais posteriores.

Então, no dia 25 de Junho (dia em que eu estava na central administrativa do meu trabalho, fazendo um fatídico curso de aplicação de injetáveis) esta estrela na Terra foi para o Céu. Visto isto, é mais do que óbvio que a MTV serviu de recipiente para uma homenagem ao homem, o artista, o mito, Michael Jackson!

Primeiro a coisa começou com um pronunciamento da Madonna, bem articulado e emocionado. Nunca imaginei Madonna articulando pensamentos daquela maneira.
Depois começa o tributo. A música e o vídeo clipe de "Thriller" aparecem num telão enorme com efeitos novos e dançarinos vestidos com vários tipos de roupas que Michael usou durante sua carreira (tanto dentro, quanto fora dos palcos). Bem, os dançarinos foram esforçados e conseguiram manter a sincronia com o que estava na tela a maior parte do tempo. Mas não dá pra se livrar daquela sensação de comida requentada vendo mini caricaturas do Michael tentando fazer o que ele fazia (o que vale é a intenção).

O medley tocado consistiu em "Thriller", "Bad", "Smooth Criminal" e "Scream". Aliás, coitado do dançarino da ponta central, que não conseguiu enganchar os sapatos direito (ou simplesmente não teve força) na hora da inclinação de "Smooth Criminal", enfim…



Então começa "Scream". Dançarinos e dançarinos. De repente a música pára, sobem uns enfeites esquisitos do palco bem ao clima do vídeo e Janet Jackson sai cantando e dançando. É, Janet herdou bem o profissionalismo de seu irmão. E chegou a parte mais curiosa. O momento em que a música pára, Janet susurra e então a explosão corporal acontece. Mas aí então a surpresa: no telão, apenas Michael dançando. Janet foi apagada digitalmente do vídeo. A câmera mostra bem no ângulo Michael de um lado no vídeo e Janet do outro ao vivo. Uma cena emocionante.

Ao fim da performance, Janet parece agradecer aos céus (para seu irmão, mais precisamente) e adota uma postura rígida, com uma cara que definia-se como um misto de tristeza e raiva. Seu irmão está morto.

Talvez esta homenagem tenha conseguido representar um pouco da importância deste músico na história da música (apesar do curto tempo) e pode ser colocado como a homenagem definitiva neste tipo de linguagem.

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Gaga…

Lady Gaga… a mistura de Michael Jackson, Freddie Mercury e Cher! Perfeito! ou quase…
Pra quem nunca viu uma apresentação da Gaga (este nome artístico soa como uma péssima homenagem ao Queen), esta foi uma bem abrangente…

Gaga começou os trabalhos com uma versão lenta de “Poker Face” acapella, mas só uma primeira parte do refrão. Depois prossegue com “Paparazzi“. Ela e os dançarinos todos vestidos com roupas brancas esquisitas.

Os pontos interessantes foram a parte em que dançarinos estão em cadeiras de rodas e muletas, a em que Gaga “senta-se” ao piano (ela na verdade senta a perna no piano enquanto toca), o momento em que começa a sangrar (talvez uma injeção de Depo-Provera resolvesse o problema, mas acho que ela quis assim mesmo). E por último, seu enforcamento simulado (que se era pra chocar, não deu certo, mas que foi inventivo, foi). Gaga lembra muito Freddie Mercury em seu talento instrumental (domina o piano como pouquíssimos) e por sua presença de palco. Lembra Jackson por se vestir do jeito que bem entende (no caso aqui cabe mais interpretação/dedicação musical integral, mas…) e Cher, bem, acho que não preciso dizer…



Foi uma performance bem interessante para uma nova artista bem interessante… Ela conseguiu ofuscar Kate Perry e colocar interrogações na disputa de Lily Allen e Amy Winehouse sobre qual poderia ser a mulher do ano (Lily ganhou, mas bem que isso poderia correr o risco de ser revogado).


A pergunta que faço é: Quais são os critérios para eleger uma “Mulher do Ano”?

Bem, não interessa, “Just Dance”…

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