Muito antes de nossos ouvidos reclamarem de coisas como One Direction e Justin Bieber, havia projetos de cunho semelhante em outras décadas. De uma certa maneira, podemos considerar os Beatles como avós de coisas como Backstreet Boys. sei que a comparação vai fazer muita gente querer bater a cabeça na parede, mas basicamente estes projetos atendiam a certos objetivos em comum. Fazer meninas gritarem histericamente enquanto compravam o máximo possível de produtos relacionados. Neste ínterim, eles eram capazes de produzir tanto coisas aberratórias e/ou aberratórias como "Ob-La-Di, Ob-La-Da" (Beatles) ou um repertório majoritariamente irrelevante (Backstreet Boys). Bem, falando nos Backstreet Boys, eles dispensam apresentações...
Os anos 90 foram profundos no que diz respeito ao que chamamos de Boy Band. Profundo dentro deste universo, claro. Muitas coisas vieram das outras décadas (anos 70 com Jackson Five, anos 80 com, sei lá, New Edition). Anos 90 foram inundados: Backstreet Boys, *Nsync, Westlife, Five. Os dois primeiros citados foram os de maiores destaques e o primeiro foi o primeiro a explodir. Singles como "As Long as You Love Me", "Quit Playing Games (with My Heart)" e "I Want It That Way" encheram os quartos de adolescentes de posters e o sacos dos pais e de quem tivesse por perto.
Os cinco primeiros álbuns tiveram vendagem excelente, mas o período após o hiato de 2002-2005 acabou defasando o grupo e eles não recuperaram a imensa popularidade. O single "Incomplete", de 2005, foi o melhor resultado até o momento. Até mesmo a saída de um dos membros do grupo ocorreu, mas como este tipo de empreitada solo não dá certo para todos (margem mínima, diga-se de passagem) e Kevin Richardson voltou ao grupo.
Em 2001, mesmo ano de lançamento do álbum Black and Blue, o grupo lançou uma coletânea chamada The Hits: Chapter One. E neste álbum, eles incluíram o single "Drowning", que havia sido gravado para o álbum de inéditas, mas que foi deixado de lado por falta de espaço. O single teve um desempenho um tanto frio na casa do tio Sam (#28US) e bem aceito na casa da rainha (#4UK).
E falando em bandas etéreas, em 1978 nascia o Duran Duran na onda do New Wave. Eles foram responsáveis por canções interessantes, como "Save a Prayer", "The Reflex" e "The Wild Boys". Porém, de meados dos anos 80 em diante, a banda esfriou, tendo "A View to a Kill" o último sucesso deles naquela década (lançado em 1985!). O álbum Duran Duran (The Wedding Album) foi uma espécie de volta, para avisar que ainda existiam, que respiravam e ainda tocava. O single de destaque desta empreitada foi "Ordinary World", lançado em 1993 e alcançou #3US e #6UK.
Ordinária Coincidência!
A estrutura central das duas canções seguem um ritmo e até ambientação muito parecidas até certo momento. Claro que o Duran Duran segue o tipo desolação do mundo e o Backstreet Boys segue a desolação do amor. Seja lá o que isso tudo possa significar. O fato é que as primeiras partes dos refrões são muito parecidas.
Se isso não foi o bastante para vocês, existe algo mais incisivo a respeito...
O cantor Mauro Scocco, cantor sueco com mais de 20 anos de carreira, lançou em 1997 um disco de melhores hits. Como estratégia comum, foi incluída uma faixa bônus, a última do disco. Ela foi intitulada "Långsamt Farväl" (algo como "Lento Adeus").
Neste caso, até o instrumento usado foi o mesmo. Praticamente a mesma linha de piano. A semelhança é absurda, passando muito, aliás, a linha da mera semelhança.
Ou seja, o single de um grupo americano que pode ter sido influenciado por artistas ingleses e um sueco. Isso sim é que chamo de globalização (e talvez, quem sabe, coincidência)!
"Integrantes do One Direction e The Wanted brigam por Twitter"
Briga de mulher é algo tão chato: puxão de cabelo e tapas para todos os lados... "Morrissey: 'Margareth Thatcher foi um terror sem um átomo de humanidade'"
Mais uma mulher morta pro Morrissey comemorar! "Snoop Lion: 'Gays nunca serão aceitos no rap'"
Afinal de contas, ostentar jóias por aí parecendo uma madame de mal gosto e usar trancinhas como uma menininha do colegial é uma coisa muito masculina. Aliás, que porra é essa de mudar de Dog para Lion?
Análise: Primeiro single do álbum Glassheart, da Leona Lewis. Lançado em Outubro de 2012, alcançou #7UK.
27 mil cópias? É, trouble...
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A vencedora da terceira temporada do X-Factor, Leonal Lewis, alcançou o topo do mundo quando lançou seu single "Bleeding Love". Com o álbum Spirit (que teve envolvido em sua produção uma infinidade de gente) vendeu mais de 8 milhões de cópias no mundo, sendo 3 milhões só na Inglaterra. O citado single foi produziu pelo redundante Ryan Tedder e foi a porta de entrada da moça ao show business.
Após este início arrebatador, Lewis produziu mais alguns grandes hits na Inglaterra, mas nada tão memorável, pelo menos nada perto do supracitado single - podemos citar a excelente "Better in Time", que não foi tão bem nas paradas, mas que em nível qualitativo foi o que de melhor Leona produziu até hoje. Nos Estados Unidos ela permanece um tanto ignorada, fazendo parte da lista de artistas ingleses que não conseguem adentrar com sucesso o mercado do Tio Sam - como o Robbie Williams, por exemplo.
Mas não é necessário que um artista faça sucesso neste outro país para se considerar bem sucedido, o próprio Williams (apesar de ter voltado a tocar com sua antiga banda, num sinal de cansaço, desgaste da carreira solo - para depois seu ego inflar o bastante para não se permitir ficar) sempre se manteve em alta em seu próprio país. Ele não é obrigado a mais que isso, uma vez que no Brasil não é necessário que nossos artistas estourem lá fora. O fato é que Leona é estava bem na Inglaterra. Estava. Seu último álbum, Glassheart, vendeu menos de 30 mil cópias por lá. Situação complicada. Mas, indo para o single principal, vem a pergunta: ela ainda merece algum destaque?
"Trouble" teve tantos produtores e compositores adjuntos que nem vale apena citá-los (até porque não há ninguém famoso ou de importância envolvido nesta parte, com exceção da própria Leona). A canção já vinha sido trabalhada desde 2009 por parte dos produtores, sendo amadurecida durante todo este período. Ou seja, uma grande demanda de pessoal e um logo período de trabalho. Muitas vezes isso costuma gerar um problema...
Mas o que temos aqui é o contrário. É um trabalho realmente muito bom, um clima diferente, algo tão bom quanto "Better in Time", sem a obviedade e melosidade de "Bleeding Love". Os instrumentos, com uma bela melodia construída no piano, sendo encoberta por uma batida tensa, deram um toque especial. Fora o desempenho nas paradas, com #7UK. Merecia mais, mas como não havia o viés apelativo enquanto single hit que é alvo dos executivos das gravadores, infelizmente não foi tão longe. Acredito que Leona pode ir mais longe. Com tantos grupos femininos da música inglesa que demoram pra conseguir resultados relevantes, mas conseguem - Sugababes, Girls Aloud, por exemplo. Leona ainda está no começo, vamos esperar...