sábado, 28 de novembro de 2009

Especial - Show do AC/DC no Morumbi (27/11/2009)

André Cornetta, um amigo de muitos anos, foi ao show da banda australiana e escreveu um review especialmente para o Crackolândia :

AC/DC : Show dos sonhos

O dia 27 de novembro realmente foi um dia atípico para a cidade de São Paulo. A banda de Hard Rock australiana AC/DC voltava para cá, no estádio do Morumbi, para o show de sua turnê Black Ice.

Eu, como um grande fã da banda, não poderia deixar de ir. Cheguei ao Morumbi às 16 horas – este com um mar de gente em seus arredores, esperando a abertura do portão. Antes do show, o tempo parecia não conspirar a favor – chovia muito. Conheci uns caras de Mato Grosso do Sul na fila e fiquei sabendo por eles que quem abriria o show seria o Nasi, ex vocalista da banda Ira. Entrei no Morumbi e começou inacreditavelmente a chover mais. Mas São Pedro resolveu ajudar no momento certo.

Eram umas 20:30 – a chuva parou completamente e o show de abertura com Nasi iria começar. O Roqueiro paulistano abriu com uma música de sua carreira solo, Por Amor, com um som bacana e de boa qualidade. Ele não fez feio e o público acabou o aceitando bem e cantando também clássicos como Raul Seixas, The Clash e The Stooges.

Mas o povo realmente estava sedento para ver o AC/DC. Meu coração estava batendo muito forte no fim do show do Nasi na expectativa de vê-los ao vivo.

Eis que às 9.30 da noite, de repente, os refletores são apagados e um vídeo em forma de cartoon com diabos começa a rolar nos telões. Meu coração acelerou : o AC/DC estava ali, a alguns metros de mim. Com um palco absurdamente grande e com uma produção de primeiro mundo, creio que foi o show com maior qualidade já feito no Brasil. Estava chegando…

Fim do desenho, o quinteto australiano aparece e leva à loucura as 70 mil pessoas com chifres vermelhos na cabeça. Com uma pegada absurda e com um som muito alto, bem característico da banda, eles abrem com Rock ‘N Roll Train do álbum Black Ice. O Publico foi ao delírio quando viu Angus Young tocando – ele como sempre parecendo uma criança extremamente hiperativa. Logo na terceira música, eles tocaram Back In Black, do álbum de mesmo nome (o segundo mais vendido de todos os tempos). A música é a mais conhecida do grupo e talvez uma das mais conhecidas de todos os tempos. Também levaram o estádio abaixo clássicos como Thunderstruck, TNT, Hells Bells e na hora do bis a arquibancada tremeu com Highway to Hell.

Com a perfeição do guitarrista-base Malcolm Young e do baixista Cliff Williams (esses não se moveram o show inteiro), a boa linha de bateria de Phil Rudd, a hiperatividade e os solos de Angus e a potente voz de Brian Johnson, o show sem dúvidas foi o maior já realizado no Brasil.

Quem foi realmente sentiu-se satisfeito e já começa a ter saudades do show. Creio que pecaram por não terem tocado clássicos como It´s A Long Way To The Top e What Do You Do For Money; fora isso, nada mais a declarar. Espero que voltem mais vezes – o Brasil, que está muito mal musicalmente, precisa de shows assim para satisfazer o grande público que gosta do bom e velho Rock ‘n Roll.

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