Caramba, que indecisão!
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O Fall Out Boy é para mim uma das bandas mais legais surgidas nesta década que passou. O Panic at The Disco se mostrou muito interessante com os singles "I Write Sins, Not Tragedies" e "But It's Better If You Do", mas eles acabaram não indo além destes dois projetos. Já a banda do vocalista e guitarrista Patrick Stump e do baixista Pete Wentz produziu canções como a punk "Sugar, We're Goin' Down", a divertida "Dance Dance", a alternativa e interessante "This Ain't a Scene, It's an Arms Race" e a curiosa "Thnks fr th Mmrs" (que, mais curioso ainda, foi produzida pelo Babyface!!).
As canções e os vídeo-clipes mostram uma banda inventiva e diferente. E considerando a chatice atual que ronda a cena musical, isso definitivamente não é de se jogar fora. Mas infelizmente, apesar de bem recebido, o último álbum Folie à Deux não produziu nenhum grande single ou algo divertido como os dois últimos projetos. No final das contas, a banda resolveu dar um tempo e os membros foram cuidar de seus projetos pessoais.
E o que anda fazendo Patrick Stump?
Primeiramente Stump resolveu emagrecer! O vocalista está magro e quase irreconhecível. Talvez seja para dar a si próprio uma nova faceta artista juntamente com seu primeiro trabalho solo, o álbum Soul Punk, com lançamento previsto para o mês de Fevereiro. E neste trabalho, Patrick resolveu fazer mais ou menos o que já era de costume em sua banda: umas pitadas de Punk com um pouquinho de R&B (um pouquinho) e as tradicionais pegadas Pop. O resultado deste caldeirão só poderá ser conferido no mês seguinte, mas um acetato já foi lançado para o público.
Aliás, aí está o grande porém do primeiro single de Patrick Stump. Ele marca, de uma certa maneira, uma indecisão musical por parte do artista, pois ele gravou duas versões da canção Spotlight: uma denominada "New Regrets" e outra denominada "Oh Nostalgia". Como ele é o responsável pela produção do álbum, ele manda né... Vamos falar um pouco de cada versão.
"New Regrets"
Seria a versão mais moderna da coisa, com seu clima mais dançante e o uso ostensivo de sintetizadores. Se você for analisar esta versão tecnicamente, levando em conta coisas óbvias como a atual cena musical, certamente esta versão seria a mais adequada para um lançamento comercial. Os vocais de Patrick não estão muito diferentes do que são com o Fall Out Boy, e isso com certeza é algo bom; Stump tem uma boa voz e ela se adequa bem aqui. (Aliás, a voz dele foi por muito tempo "calada" pelo fato dele antigamente ser baterista e ter caído no posto de vocalista por um acaso - inclusive caindo também no posto de guitarrista, um instrumento que ele teve que aprender imediatamente.)
"Oh Nostalgia"
Já esta versão aqui, como o título já faz referência, seria algo um pouco mais reservado, que nos remete aos tempos mais antigos mesmo (claro que nem tanto assim). No lugar dos sintetizadores temos um piano. A canção toda, comparada com a outra versão, soa um pouco intimista, com um cuidado um pouquinho maior na interpretação vocal. Os refrões não mudam muito, pois o objetivo seria mesmo o de agitar. Para quem prefere mais curtir uma música do que dançá-la, esta versão é mais interessante. Possivelmente Patrick tocou parte ou todos os instrumentos, e ouvindo as canções percebe-se que ele é também um ótimo instrumentista.
Qual das versões é melhor?
Honestamente, é difícil dizer. Simplesmente isso vai virar de ouvinte para ouvinte. As canções são legais e espero que as seguintes sejam boas (e que não causam tamanha indecisão e Patrick a ponto dele querer fazer mais de uma versão para cada). No final das contas, eu ainda sinto falta do tempo em que ele era gordinho e cantava "Dance Dance" ou "This Ain't a Scene, It's an Arms Race". Os bons tempos podem voltar, eu espero...
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